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4547 | I Série - Número 083 | 03 de Maio de 2004

 

Grupo Carlyle é o gestor de negócios da família Bin Laden no Ocidente.

Risos do PSD e do CDS-PP.

Gostava que me explicasse se é por amizade com Martins da Cruz, se é por acordo com a família George Bush, se é por respeito pela família Bin Laden ou por que razão é que quer que a Caixa Geral de Depósitos apoie a pretensão do Grupo Carlyle nesta negociata.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: - Sr. Presidente, Sr. Deputado Francisco Louçã, lamento muito a sua intervenção porque, mais uma vez, V. Ex.ª se baseia na insídia e na insinuação. Há partes da sua intervenção que são mesmo ridículas porque vem com as velhas teorias da conspiração do capitalismo americano ligado ao fundamentalismo islâmico, informações que V. Ex.ª tem mas das quais não disponho, devo confessar.
V. Ex.ª começa por dizer uma falsidade total. Sr. Deputado, não vai haver nenhuma privatização da Galp. A privatização já teve lugar, durante outro governo, tendo ficado um grupo italiano detentor de uma determinada parte do capital da Galp. E o que é que fez o meu Governo? Entendeu, no âmbito da reestruturação do sector energético, que não era útil que se essa parte da empresa se mantivesse com esse grupo e, por assim dizer, recomprou o Estado para a seguir alienar. É isso que está em causa.
Seja qual for o resultado desta operação, a presença portuguesa na Galp vai aumentar, porque, dos concorrentes que se conhecem, todos têm uma participação portuguesa, o que não acontecia com a Eni, na parte do capital que detinha.
Por isso, a presença portuguesa e o controlo do Estado na grande empresa nacional que é a Galp ficam reforçados com a decisão do meu Governo, ao contrário de tudo aquilo que V. Ex.ª sugere.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Depois, V. Ex.ª mente, com total descaramento e com total impunidade!
V. Ex.ª mente quando diz que o Governo deu uma instrução à Caixa Geral de Depósitos para tomar uma determinada posição nessa operação. V. Ex.ª, se tiver honestidade, deve-o provar! Tem o dever de o provar!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

V. Ex.ª tem o dever de provar se fui eu, se foi a Sr.ª Ministra das Finanças, ou se foi qualquer outro Membro do Governo que deu qualquer instrução à Caixa Geral de Depósitos.

O Sr. Carlos Rodrigues (PSD): - Prove!

O Orador: - A menos que agora seja possível uma pessoa, pelo facto de ser Deputado, dizer qualquer asneira e permitir-se fazer qualquer insinuação, calúnia ou perfídia!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Sr. Deputado Francisco Louçã, já uma vez lhe expliquei que não quero pôr em causa a honestidade de nenhum dos Srs. Deputados, mas Ex.ª não pode sistematicamente arrogar-se como o "justiceiro mor do reino", aquele que dá lições de moral. Já lhe disse, e repito, que não lhe reconheço quaisquer condições para dar lições de moral, a mim ou a qualquer membro do meu Governo!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

V. Ex.ª está a presumir o resultado de um concurso de uma operação… V. Ex.ª já conhece o resultado?! Eu não conheço! Mas se V. Ex.ª já conhece, então deve apresentar uma queixa às autoridades judiciais competentes. Se V. Ex.ª considera que o Governo falseou um concurso, deve justificá-lo.
O Sr. Deputado disse aqui uma coisa muito grave, que é absolutamente falsa - a Sr.ª Ministra das Finanças ainda agora mo confirmou. Eu respondo-lhe: não houve, da parte do Governo, qualquer instrução