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4883 | I Série - Número 089 | 20 de Maio de 2004

 

Pereira.

O Sr. Bernardino Pereira (PSD): - Sr. Presidente, Sr. Ministro da Economia, quero colocar-lhe duas questões, mas, antes de o fazer, gostaria de tecer alguns comentários.
Entre nós, a maioria, e os outros, a oposição, há uma diferença mais ou menos acentuada sobre o modo como deve funcionar uma economia. Os outros pensam sempre numa economia centralizada: o Estado deverá interferir em tudo. Este modo de pensar arrasta atrás de si o despesismo, o facilitismo e o clientelismo político. Leva-nos até à existência do Estado patrão.
Para nós, a economia deverá funcionar num mercado aberto, concorrencial, competitivo, onde o Estado deverá intervir somente como regulador e o menos possível como agente económico activo.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - A experiência vivida no último século mostrou-nos que temos razão e, para aqueles que ainda tinham dúvidas, a queda do muro de Berlim pôs a nu uma política e uma economia que viveu de equívocos durante décadas.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Aquilo que mais nos preocupa é que ainda haja hoje quem não conseguiu entender a evolução da história e seja reaccionário aos novos desafios da nossa sociedade.
A esquerda continua a usar as cassetes do costume, nem sequer evoluíram para os DVD.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Hoje, no mundo global, os países têm de ter uma economia moderna, produtiva e rentável, para que possa ser competitiva. O Estado deverá intervir o menos possível, de modo a que os agentes económicos se preparem para os grandes desafios que começaram a chegar.
Bastaria lembrarmos o sempre actualizado provérbio: "Se alguém te pedir uma esmola, não lhe dês o peixe mas, sim, a cana e ensina-o a pescar"!

O Sr. Bruno Dias (PCP): - Neste caso, é o bastão!

O Orador: - Nós apoiamos este Governo, porque ele vem pautando a sua actuação dentro dos princípios que defendemos. Os outros servem-se de factos pontuais para levantarem e usarem a bandeira da demagogia.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - A Bombardier é um destes factos. E não é ético nem politicamente honesto que os responsáveis do governo anterior venham aproveitar-se das dificuldades na Bombardier, sobretudo porque não quiseram ou não souberam fazer o que deveria ter sido feito para evitar esta crise, em devido tempo. E os outros, a oposição, só deram conta quando os órgãos da comunicação social começaram a falar deste tema. O Governo estava atento, o Governo já estava a acompanhar a Bombardier e ela já fazia parte das suas preocupações.
Sr. Ministro, este Governo tem dado a entender que decorrem negociações sobre a Bombardier. Sendo oportuno, será possível o Sr. Primeiro-Ministro fazer-nos o ponto da situação?

Vozes do PS: - Sr. Primeiro-Ministro Marques Mendes!

O Orador: - E já agora, Sr. Ministro, a oposição quer ter a exclusividade da preocupação da situação económica e financeira em Portugal que outros criaram, mas não é verdade.

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): - Sr. Deputado, o seu tempo terminou. Queira concluir.

O Orador: - Termino já, Sr. Presidente.
Essa preocupação é de todos nós, porque é dos portugueses e, por isso, em particular, desta maioria e do Governo.
As mais recentes informações que estão disponíveis mostram-nos que Portugal está no bom caminho.