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4960 | I Série - Número 090 | 21 de Maio de 2004

 

O Orador: - … de forma coerente, de forma continuada, de forma empenhada, aliás como penso que os portugueses desejam de nós todos, sem partidarismos, sem fazer do Euro e das questões do turismo, da segurança, da saúde e de outras áreas uma questão de Governo e de oposição, uma questão do PS e dos demais partidos parlamentares. Não vamos por esse caminho, Sr. Ministro!

O Sr. José Magalhães (PS): - Muito bem!

O Orador: - Podemos responder por nós, mas será bom que o Governo responda por si, porque do que se trata, quando se fala do Euro 2004, é de cada um assumir as suas responsabilidades.
Nós tivemos responsabilidades de governo no Euro e os senhores também as têm desde há dois anos e meio. Os senhores não nos deram os parabéns; não esperem também que eu vos dê os parabéns em nome do PS!
O que devo desejar-vos é boa sorte e que corra tudo bem nas áreas que os senhores, durante estes dois anos e meio, lideraram, tendo em vista o bom sucesso do Euro 2004, para que os portugueses o festejem, dêem por bem empregues os investimentos públicos que Portugal fez e para que a ambição e a esperança de fazermos, todos nós, do Euro 2004 um momento alto de afirmação do nosso país se concretize.
Era isso que gostaria de ter ouvido da parte de V. Ex.ª, Sr. Ministro, naquela tribuna, com a "camisola" vermelha e verde de Portugal, coisa que V. Ex.ª não foi capaz de aqui trazer. Antes foi coerente com as dúvidas, com as questões, com os recados, com muitas e muitas declarações proferidas por A, por B e por C ao longo de todo este tempo, em nome do Governo, sobre o Euro: o "sim, mas", o "talvez sim, mas connosco seria diferente", o "apoiamos, mas temos dúvidas", tudo isso foi o discurso do Governo ao longo destes dois anos. Cada um tem de assumir as suas responsabilidades!
Queremos que o Euro corra muito bem e que, quando acabar, festejemos aqui uma grande vitória e um grande momento para Portugal, sem partidarismos e sem distinções entre Governo e oposição, numa vontade colectiva, que é também de todos os portugueses.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado João Pinho de Almeida.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): - Sr. Presidente, Sr. Ministro Adjunto do Primeiro-Ministro, também em relação ao Euro 2004 é assinalável haver um País que se mobiliza num objectivo, que é, de facto, estratégico e essencial para Portugal e para a nossa afirmação, e haver quem nisso continue a ver sempre as mesmas "nuvens", sempre o mesmo cinzentismo que vê em tudo neste país.
Ouvimos discursos extraordinários: o Partido Comunista fala da UEFA como se fosse uma força imperialista que tivesse ocupado Portugal.

O Sr. Bruno Dias (PCP): - O Governo é que fala assim!

O Orador: - O Bloco de Esquerda fala dos sindicatos, fazendo crer que não vai haver Euro 2004 porque todos os sindicatos vão fazer greve. Imaginem se o sindicato dos profissionais de futebol fosse como são alguns sindicatos - felizmente não são todos assim, embora, se calhar, o Bloco de Esquerda gostasse que fossem -, que se aproveitam destes grandes momentos para tentar fazer prevalecer objectivos corporativistas sem qualquer razão de ser! O que é que, nesse caso, o Bloco de Esquerda diria? Nem mais um jogador para a selecção?! Não só não tínhamos Euro em Portugal como não tínhamos Selecção a participar.
Lembro-me de, durante muito tempo, alguma oposição (não toda) do Partido Socialista dizer: "As acessibilidades? Nem pensar!"; de que, por exemplo, era impossível o nó do Mercado Abastecedor, no Porto, estar pronto antes de 2005 ou de 2006. Esqueceram-se os Srs. Deputados do Partido Socialista, nomeadamente os do círculo eleitoral do Porto, que o calendário de execução de obras deste Governo não é o mesmo, por exemplo, do da "Porto-Capital da Cultura 2001". Se assim fosse, o estádio do Dragão ou o estádio do Bessa só estariam prontos em 2006 ou em 2007! Mas o calendário de execução de obras deste Governo não é esse! Os estádios e as acessibilidades estão prontos e o Euro 2004 vai realizar-se com os estádios para 2004 e não com os estádios para 2007.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Podemos dizer que o objectivo é o de, naturalmente, unirmos o País, mas não podemos fingir que temos todos a mesma responsabilidade no cumprimento desse objectivo.