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4957 | I Série - Número 090 | 21 de Maio de 2004

 

O Orador: - Isso não é verdade, Sr. Presidente.
Sr. Ministro, aproveito para o felicitar pela excelente campanha de promoção do Euro 2004 que tem sido feita no nosso país, na Europa e no mundo.
Este evento é uma mais-valia para todos os portugueses. O País ficou com mais e melhores equipamentos, desde a saúde, o turismo, a segurança e as acessibilidades.
Sabemos também que, como V. Ex.ª tem vindo a sublinhar, não deixarão, com toda a certeza, de existir problemas durante o Euro 2004. É inevitável que haja situações que não corram tão bem, que um ou outro atraso se verifique no aeroporto, que haja mais ou menos congestionamento de trânsito, que se espere mais num restaurante do que é habitual.
Os portugueses sabem que são três semanas em que todos estamos convocados e em que o trabalho de cada português é necessário.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Muito bem!

O Orador: - Reconhecemos no Governo o esforço para dotar o País das melhores condições possíveis em todos os domínios, para que saibamos receber bem quem nos visita.
Mas as circunstâncias em que este trabalho de exaustiva preparação aconteceu não foram as mais fáceis. O ciclo económico não era o mais favorável em Portugal, na Europa e no mundo. Assim sendo, Sr. Ministro, gostaria de deixar-lhe as questões seguintes: como foi possível, para uma obra de tamanha dimensão, controlar os custos financeiros? Como foi possível V. Ex.ª e o Governo levarem a cabo um caderno tão exigente e completo sem um desvio orçamental que se conheça e ainda conseguindo realizar uma tremenda campanha de promoção da nossa imagem no estrangeiro?
Se é verdade que esta tarefa cabe aos governos, também é sabido que raramente um investimento público desta grandeza não sofre este ou aquele acerto, ou aquilo a que habitualmente se chamam derrapagens orçamentais.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Se o Sr. Ministro e o Governo estiverem em condições de garantir que, desta vez, não existiram essas derrapagens, então acreditamos que os portugueses saberão reconhecer esse trabalho e esse esforço na gestão criteriosa do dinheiro de todos os contribuintes.
Para terminar, uma última questão: sabe o Sr. Ministro qual o impacto que esta organização terá na economia portuguesa?
Sr. Presidente, Sr. Ministro Adjunto do Primeiro-Ministro, Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares, Srs. Secretários de Estado, Sr.as e Srs. Deputados: Saibam VV. Ex.as que tenho a convicção de que podem contar com o empenho e o apoio de todos os portugueses.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente: - Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Bruno Dias.

O Sr. Bruno Dias (PCP): - Sr. Presidente, Sr. Ministro, de facto, as suas prestações nesta Assembleia são sempre dignas de registo e esta, hoje, não foge à regra.
Registamos que o Governo, perante o descrédito e o descontentamento que merece dos portugueses, "chuta para canto". E "como não tem cão", "caça com gato", que é como quem diz "já que a retoma não pega, ao menos a Selecção está feita". Por isso, aqui está o Sr. Ministro, com foguetório e fanfarra, a dizer-nos que vai mesmo haver Euro 2004 e que vamos todos ficar muito contentes.
Pois bem, nesta matéria e neste processo há várias questões que interessa aprofundar e sobre as quais gostaríamos de o ouvir, mas como o tempo urge questionamo-lo apenas acerca de duas vertentes de evidente importância.
A primeira tem a ver com as condições de segurança no âmbito do torneio. Quanto a este aspecto, ficámos, há dias, a saber que pelo menos os canhões de água dos carros da polícia estão operacionais. Foi o que se viu.

Risos do PCP, do PS, do BE e de Os Verdes.

Mas, no que se refere aos meios técnicos, há uma questão central e particularmente grave, que tem a ver com as redes de comunicações. O famoso Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP), ao fim de um ano de expectativa, nunca chegou a sair do papel e os sistemas de