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5027 | I Série - Número 091 | 27 de Maio de 2004

 

É esta a via que vamos continuar a seguir.
Portanto, o País está a caminho de uma situação mais positiva. O País não está pior, está, de facto, melhor.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Muito bem!

O Orador: - E espero que venha a ficar ainda melhor, embora, curiosamente, cada vez que há uma boa notícia, isso pareça incomodar a oposição, o que, de facto, é extraordinário.

Vozes do PSD e do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - No que diz respeito ao Iraque, Sr. Deputado, ao menos podia lembrar-se que, sobre as Forças Armadas Portuguesas e também sobre a GNR, em todos estes anos em que estiveram em missões de paz no estrangeiro, não há uma única crítica quanto a violação dos direitos humanos. Também lhe ficaria bem reconhecer isso.
Sou responsável, isso, sim, pelos nossos militares. Que fique bem claro que não sou responsável pelo que fizeram alguns militares norte-americanos, que condeno em absoluto e repudio frontalmente.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Já tive ocasião de dizer que considero aqueles comportamentos revoltantes, degradantes e repugnantes. Essa é a minha posição, sem qualquer espécie de ambiguidade. Disse-o não apenas publicamente como à Administração norte-americana.
Sr. Deputado, digo-lhe, pois, que tenho muito orgulho nos militares da GNR que estão a cumprir uma missão de grande risco. V. Ex.ª, ao menos, e visto que foi uma decisão tomada pelos órgãos de soberania portugueses, podia ter uma palavra de solidariedade para com os homens e as mulheres da GNR que executam essa missão de tão grande risco sob a bandeira de Portugal.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Muito bem!

O Orador: - V. Ex.ª voltou à questão da GALP e pensei que fosse para fazer o que não fez.
Na última vez que nos encontrámos nesta Assembleia, V. Ex.ª fez uma acusação formal ao Governo, a de o Governo ter dado instruções ao banco do Estado para financiar a dita operação, ligada a um determinado consórcio.
No próprio dia, o Presidente da Caixa Geral de Depósitos, nomeado, aliás, para essas funções ainda pelo anterior governo e ex-Governador do Banco de Portugal, declarou formalmente que não recebeu qualquer instrução do Governo, tal como eu aqui tinha dito.
V. Ex.ª devia, pelo menos - não digo pedir desculpa, porque compreendo que pedir desculpa, para si, seja um pouco difícil -, reconhecer que se enganou.

O Sr. João Rebelo (CDS-PP): - Não se enganou! Mentiu deliberadamente!

O Orador: - Ou que mentiu deliberadamente, se foi esse o caso. Mas, se não foi o caso, se não mentiu deliberadamente, devia dizer que se enganou. Não fica mal uma pessoa enganar-se e fica bem reconhecer o erro.
Mas, não, V. Ex.ª não fez isso! Continua com os ataques, com as cabalas! Agora, é a do armamento, o dito consórcio, o consórcio do ex-Embaixador…

O Sr. Francisco Louçã (BE): - Não sabe o que é um consórcio?!

O Orador: - O que sei é que o consórcio em causa, liderado, ao que sei, por um grupo norte-americano e presidido pelo ex-Embaixador Carlucci, é um dos maiores grupos mundiais. Talvez V. Ex.ª não saiba que o Sr. Presidente da República, no final do ano passado, por proposta do Governo, deu uma das mais altas condecorações portuguesas ao ex-Embaixador Carlucci. V. Ex.ª sabia?

O Sr. Francisco Louçã (BE): - A responsabilidade é dele!

O Orador: - Deu a Grã-Cruz da Ordem do Infante Dom Henrique para o ex-Embaixador Carlucci, que o senhor acusa de todas as malfeitorias!