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5029 | I Série - Número 091 | 27 de Maio de 2004

 

Primeiro-Ministro!

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: - Sr. Presidente, Sr. Deputado Francisco Louçã, há uma questão curiosa: V. Ex.ª continua muito empenhado nesta operação da Galp.

O Sr. Francisco Louçã (BE): - Menos do que o senhor e a Carlyle! Muito menos!

O Orador: - É curioso que, quando o anterior governo privatizou a Galp e, na prática, entregou parte do controlo da Galp a um grande grupo internacional italiano e uma pequena parte a um grupo espanhol, não me recordo, mas pode ser falha minha, de ouvir V. Ex.ª.

O Sr. Francisco Louçã (BE): - É falha sua! Chama-se incompetência!

O Orador: - A verdade é que, como V. Ex.ª devia saber - e, se não sabe, explico-lhe -, nos termos do anterior acordo, Portugal perdia o controlo da Galp, porque, já hoje, o controlo era conjunto, do Governo português com esse grupo italiano, e, nos termos de um acordo parassocial, o grupo italiano poderia passar a deter o controlo dessa empresa estratégica.
O que o meu Governo fez foi negociar amigavelmente com esse accionista, de maneira a que ele saísse da Galp,…

O Sr. Francisco Louçã (BE): - Para entrar a Carlyle!

O Orador: - … sem ter o controlo de outra empresa à qual vai associar-se, e de forma a que nós, Portugal e o Estado português, reganhássemos o controlo de um sector estratégico como é o dos petróleos. Foi isto que foi feito.

O Sr. João Rebelo (CDS-PP): - Ele não percebe!

O Orador: - V. Ex.ª deveria saudá-lo, porque diz, como acabou de dizer, que quer o controlo estratégico desse sector. Mas não o faz!

O Sr. Francisco Louçã (BE): - O senhor é que fez!

O Orador: - Vem com insinuações, meramente insinuações, e difamações, no seu jeito de democracia tablóide, mas, até agora, continua sem retirar o que afirmou e que não está confirmado por nenhuma das citações que fez.

O Sr. Francisco Louçã (BE): - Absolutamente!

O Orador: - Nenhuma! O que V. Ex.ª disse neste Parlamento foi que o Governo tinha dado instruções à Caixa Geral de Depósitos para apoiar um dado consórcio.

O Sr. Francisco Louçã (BE): - Exactamente!

O Orador: - Isso é formalmente desmentido pelo Governo e pela Caixa Geral de Depósitos e V. Ex.ª mantém a insinuação e a calúnia.
V. Ex.ª, de facto, é desonesto intelectualmente, além de ser insuportavelmente arrogante, e não merece mais nenhuma resposta.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Francisco Louçã (BE): - Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Para que efeito, Sr. Deputado?