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5034 | I Série - Número 091 | 27 de Maio de 2004

 

A Sr.ª Isabel Castro (Os Verdes): - Já foi pedido, por requerimento, há muito tempo!

O Orador: - Repito, não temos qualquer dificuldade nisso. É uma novidade, nunca houve tanta transparência em Portugal, mas, em matéria de transparência política, como, aliás, em relação à qualidade da água, sou cristalino - devemos ser cristalinos! - e vamos dar-vos esse relatório.
É um relatório muito longo, V. Ex.ª terá dificuldade em lê-lo todo, mas enviamos-lhe para o ver.

O Sr. José Magalhães (PS): - Mas porquê? Ela foi alfabetizada!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): - Mas o que é isto?!

O Orador: - A verdade é que, do ponto de vista da questão do ambiente, a Sr.ª Deputada ainda não percebeu uma coisa essencial que deveria saber, como ambientalista que afirma ser: não é possível termos ambiente para a Europa sem pensarmos no ambiente na Euro-Ásia ou nos outros continentes. Se há uma questão indivisível, por natureza e definição, é o ambiente. Por isso, não ignoro os movimentos que existem na União Europeia, em termos de ambiente, mas sou daqueles que advertem, na União Europeia, para a necessidade da Europa não perder competitividade, tomando posições em matéria de ambiente que não são seguidas por alguns dos principais parceiros da Europa.
E a esse respeito digo-lhe ainda que a principal questão que há hoje nem sequer tem que ver com a Rússia ou com os Estados Unidos mas com a China.
Recentemente, uma agência governamental chinesa anunciou que se a China seguir o mesmo modelo de desenvolvimento dos Estados Unidos - e o problema é que estão mesmo a querer segui-lo -, quatro vezes os recursos mundiais não chegam!
Temos hoje um problema, em termos ambientais, que é de uma gravidade extraordinária e a Sr.ª Deputada ainda não o compreendeu quando quer que a Europa avance sozinha. Temos de avançar globalmente, com a China, em primeiro lugar,…

O Sr. José Magalhães (PS): - A China em primeiro lugar?

O Orador: - … com os Estados Unido e com a Rússia. Pesa sobre todos nós uma ameaça ambiental terrível.
A questão do preço do petróleo tem que ver com o crescimento da China. Conjunturalmente, tem que com o Iraque, mas, sobretudo, tem que ver com as necessidades extraordinárias que a China tem neste momento para o seu desenvolvimento económico. É por isso que esta é uma questão global, como tal, deve ser tratada com responsabilidade e é nesse sentido que o Governo português vai continuar a lutar no âmbito da União Europeia.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, passamos à segunda volta de perguntas deste debate, pelo que dou, desde já, a palavra ao Sr. Deputado Manuel Maria Carrilho.

O Sr. Manuel Maria Carrilho (PS): - Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, o senhor, hoje, tem-se queixado muito de não lhe ser dada a devida atenção quando traz ao Parlamento matérias relacionadas com a ciência e o conhecimento.
Não devia, no entanto, estar surpreendido, não só porque aquilo que aqui trouxe hoje é da ordem da repetição - desde Janeiro que as medidas que aqui veio trazer hoje vêm sendo anunciadas, desde o Conselho de Ministros de Óbidos, e várias foram as vindas aqui da Sr.ª Ministra da Ciência, portanto tudo, verdadeiramente tudo, era conhecido - como há uma segunda razão pela qual não deveria estar surpreendido: é que o Governo a que o senhor preside tem sido, nestes dois anos de exercício, um Governo de verdadeira desqualificação nacional. Seja no domínio da cultura ou da formação, da educação ou da ciência, nós, por muito que agora andássemos para a frente, nunca chegaríamos, em 2006, ao ponto onde estávamos em 2001. Esta é que é a verdade que o Sr. Primeiro-Ministro quer ignorar!

Aplausos do PS.

O Sr. José Magalhães (PS): - É uma triste verdade!