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5042 | I Série - Número 091 | 27 de Maio de 2004

 

O Sr. Bernardino Soares (PCP): - Pelo menos pague as horas extraordinárias!

O Orador: - Os polícias devem compreender isso!
Se isso tivesse acontecido, o que é que os senhores não diriam, para além dos efeitos do arrastamento que isso teria tido a nível dos polícias, da GNR, dos militares? Aumentá-los era incomportável do ponto de vista orçamental. O País não tinha condições para dar mais meios materiais aos polícias.
Apesar disso, este ano, entraram mais polícias e militares da GNR do que aqueles que saíram, o que acontece pela primeira vez desde há muitos anos. Apesar disso, investimos no equipamento de segurança. Apesar disso, aumentámos - e muito! - o esforço de coordenação entre as forças e serviços de segurança.
Portanto, o Governo investiu muito na segurança, mas, numa situação destas, não podia acorrer a reivindicações pontuais daqueles corpos policiais porque isso teria consequências muitíssimo graves em termos orçamentais. Esta é que é a razão por que não foram aumentados, a qual deriva da situação de emergência em que o Governo encontrou o País.

O Sr. Carlos Carvalhas (PCP): - Por que é que andaram a prometer?

O Orador: - Por isso, temos de pedir a todos os agentes das forças e serviços de segurança compreensão para a situação do País, explicando-lhes que não podem ter, neste momento, uma situação excepcional. E confio plenamente no bom senso dos agentes das forças e serviços de segurança.
Quem tem sempre alguns problemas em reconhecer o trabalho das forças e serviços de segurança são VV. Ex.as e alguma esquerda!

Vozes do PCP: - Está enganado!

O Orador: - Se há forças políticas que têm sempre valorizado esse exercício são as da maioria que apoiam este Governo e, por isso, vamos continuar nessa linha.
V. Ex.ª é que não respondeu a uma questão: os senhores apoiam uma greve desses agentes durante o Euro 2004, quando há centenas de milhar de estrangeiros a entrar no nosso país?!

O Sr. Presidente: - Sr. Primeiro-Ministro, o seu tempo esgotou-se.

O Orador: - Termino já, Sr. Presidente.
Os senhores consideram que o bom senso recomenda uma greve nesta situação?!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): - Não temos nenhuma greve marcada!

O Orador: - Os senhores não são capazes de aceitar que, numa situação excepcional, pode haver, de facto, um esforço excepcional de todos nós?
Mais uma vez se confirma o que há pouco eu disse em relação ao apoio do Partido Comunista Português à instabilidade das forças e serviços de segurança durante o Euro 2004!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente: - Passamos à terceira volta do debate.
Tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Silva Pereira.

O Sr. Pedro Silva Pereira (PS): - Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, começo por deixar uma nota prévia sobre a sua manipulação eleitoralista dos números relativos ao apoio financeiro às câmaras dos Açores.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - A sua tentativa de apresentar os números por habitante ignora as zonas de catástrofe nos Açores e esconde uma verdade que lhe tinha feito bem reconhecer, isto é, que as câmaras do Partido Socialista nos Açores receberam 37% dos apoios enquanto que as do seu partido, do PSD, receberam 62%. Esta é que é a verdade!

Aplausos do PS.