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5702 | I Série - Número 106 | 28 de Julho de 2004

 

Já temos aqui o retrato do que vai ser este debate por parte do maior partido da oposição: os incidentes regimentais, as questões processuais, a arruaça.

Protestos do PS.

Nem uma só ideia nem uma só discussão…

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Protestos do PS.

Como dizia, nem uma só discussão das questões substantivas. VV. Ex.as têm tempo demais para isto. Não merecem o tempo que têm, sabemos disso. VV. Ex.as precisam de muito tempo para tudo. Por isso, precisam de muito tempo para estar na oposição e vão estar muito tempo na oposição.

Aplausos e risos do PSD e do CDS-PP.

Sr. Primeiro-Ministro, é bom que se lembre do significado deste momento, é bom que se lembre por que razão neste momento há um novo Governo a apresentar o seu Programa na Assembleia da República: é porque esta maioria tem um sentido muito profundo do interesse nacional e não hesitou em conciliar as soluções que pudessem garantir a Portugal a Presidência da Comissão Europeia e um Governo que assegure a continuidade das políticas sufragadas pelos portugueses.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Nós não excluímos, nunca, qualquer hipótese de defender, interna e externamente, aquilo que é melhor para Portugal.
É esta a razão por que temos aqui um novo Governo, é esta a razão por que estamos aqui a debater o Programa do Governo.
Queria aqui, em nome da minha bancada, endereçar uma palavra ao Dr. Durão Barroso por tudo quanto fez por Portugal nos dois anos em que foi primeiro-ministro e por aquilo que, seguramente, está já a fazer por Portugal, representando numa instância internacional das mais relevantes - a presidência da Comissão Europeia -, aquilo que devia ser o orgulho de todos nós. E todos nós teríamos o mesmo orgulho - é essa a nossa postura - se fosse o Sr. Dr. António Vitorino, ele é um português.
VV. Ex.as, até quando se trata de defender Portugal, são sectários!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. José Magalhães (PS): - "Roeram a corda" ao António Vitorino!

O Orador: - Sr. Primeiro-Ministro, o Sr. Presidente da República, quando optou por encarregar a maioria, especificamente o PSD, para indigitar um Primeiro-Ministro e formar governo, fez questão de salientar que se registavam condições de coesão na maioria parlamentar e que, portanto, havia condições para dar apoio ao novo Governo formado pela maioria.
Quero dizer-lhe, desde já, que, com esta equipa, com o Programa que veio apresentar aqui hoje, pode contar com a mesma lealdade, com a mesma solidariedade, com o mesmo apoio dado ao anterior governo para concluir esta Legislatura, realizando o Programa que foi sufragado pelos portugueses e que a oposição queria ver interrompido, numa atitude que não era democrática, que não respeitava os prazos constitucionais da Legislatura.

O Sr. José Magalhães (PS): - Que tonteria!

O Orador: - Sr. Primeiro-Ministro, nós vivemos há pouco tempo um acontecimento da maior relevância que revela que a alma portuguesa está viva e empenhada - o EURO 2004. Os profetas da desgraça diziam que ia correr tudo mal, que não havia condições de segurança, que Portugal ia ficar mal perante aqueles que nos visitavam. E foi o sucesso que todos nós vimos!
Há uma coisa de que eu tenho a certeza: V. Ex.ª e o seu Governo, que estão aqui a anunciar as medidas para os próximos dois anos para Portugal, vão certamente aproveitar esta sensibilidade apurada dos portugueses para, também em relação a esta competição, a este desafio de modernizar Portugal, a este