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5704 | I Série - Número 106 | 28 de Julho de 2004

 

ontem, em S. Tomé, pelo Sr. Presidente da República de que os resultados de uma verdadeira política florestal não se conseguem em seis meses. Foi o Sr. Presidente da República quem o disse. Pode demorar uma década. Ora, nós estamos a trabalhar para assegurar a continuidade onde ela deve existir mas num ponto, quer se queira quer não, vai ser diferente daquilo que, se calhar, esperariam: menos palavras, mais actos!
Em matéria de incêndios, as portuguesas e os portugueses sabem que a situação tem sido difícil. As condições climatéricas - deixem-me dizer-vos isto, Srs. Deputados - foram um dos primeiros pontos de situação que pedi em Conselho de Ministros. No ano passado, o grau de risco fornecido pelos serviços de meteorologia era de 2.01, como média dos dias mais críticos; neste ano, desde 1 de Junho, tivemos dias, antes desta vaga mais crítica de incêndios, com grau de risco de 2.56 e, no passado fim-de-semana, o factor "risco", medido pelas diferentes condições climatéricas e do solo, chegou a atingir, nalguns distritos, o nível 5, absolutamente sem precedentes, condições absolutamente adversas.
Julgo que todas e todos temos o amor por Portugal suficiente para sabermos reconhecer que só com um esforço concertado, conjugado, em que não façamos de questões sérias matéria de chicana política, podemos ter êxito na acção que queremos desenvolver. É isso que estou a procurar levar a cabo.
Falei há pouco na produtividade, no que é necessário que todos - trabalhadores, empresários, portugueses em geral - dêem mais do seu esforço para podermos ter mais riqueza para distribuir. Sou e serei o primeiro a dar o exemplo, trabalhando cada vez mais, mesmo quando não é tornado público.
Deixem-me dizer isto: fartos de muitos anos, de muitas palavras, de muitos sectores políticos está o povo português. O povo português quer resultados!

O Sr. José Magalhães (PS): - Exacto!

O Orador: - Deixem-me também dizer-vos que, em relação ao primeiro semestre deste ano, de 1 de Janeiro a 19 de Julho, em termos dos números fornecidos pelos serviços florestais, houve menos área ardida; só sete incêndios é que demoraram mais de 24 horas a ser combatidos. Portanto, houve uma capacidade de resposta completamente diferente. Os meios aéreos estiveram todos no ar. Tivemos 18 distritos com incêndios, simultaneamente. Pedimos reforços, naturalmente. Pedimo-los a Itália que, numa primeira fase, disponibilizou mas que está com o espectro da subida de temperatura para os próximos dias. Chegam hoje dois meios aéreos que a Grécia nos cedeu. Todos os meios estão mobilizados. Os Secretários de Estado têm estado nas frentes mais exigentes, por força da realidade do País em termos de incêndio.
Deixem-me reafirmar a ideia do Sr. Presidente da República: esta é uma tarefa nacional que não se resolve em seis meses.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Muito bem!

O Orador: - Mas eu quero dizer às portuguesas e aos portugueses que não vou trabalhar devagar lá por sabermos que é assim. Vamos trabalhar muito e o mais depressa possível no sentido de obter resultados tão rápidos quanto as portuguesas e os portugueses desejam.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente: - Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Teixeira de Melo.

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): - Sr. Presidente. Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Ministros, Sr.as e Srs. Deputados, nesta minha primeira intervenção, na pessoa de V. Ex.ª, Sr. Presidente, saúdo a Câmara e, enquanto português, o Governo.
Saúdo o Governo na pessoa do Sr. Primeiro-Ministro, naturalmente, mas também na pessoa de cada um dos seus ministros e dos seus secretários de Estado, aqueles que transitaram do anterior governo para o actual mas também aqueles, muitos, que, por reconhecida competência, assumem pela primeira vez funções.
E não o faço por qualquer razão despicienda. Faço-o porque, há bem pouco tempo, na oposição, havia muito quem reclamasse grandes mudanças, grandes remodelações,…

O Sr. Afonso Candal (PS):- E tínhamos razão!

O Orador: - … quem argumentasse que tudo estava mal.