O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

5915 | I Série - Número 108 | 03 de Setembro de 2004

 

não frustrar expectativas de professores, pais e alunos.
Acreditamos, em suma, que, expurgados estes lamentáveis erros, Sr.ª Ministra, esta é uma metodologia que tem mérito e que deve dar progressivamente estabilidade ao corpo docente e aos projectos educativos.
Mas há que ter em conta muito mais do que isto. A Sr.ª Ministra ainda não o referiu - se calhar, também por modéstia ou por falta de tempo -, mas o início deste ano lectivo não se resume ao concurso de professores. E eu gostava de saber, com a mesma honestidade que estou aqui a usar (é a minha consciência que o dita), por que é que os partidos da oposição não realçaram que vamos abrir escolas com salas equipadas do ponto de vista informático, como nunca antes se viu; por que é que não falaram da reorganização do ensino básico fundado em princípios humanistas e de socialização das crianças; por que é que não falaram no fim do verdadeiro vandalismo que havia no ensino recorrente e que foi o governo anterior - e este Governo está a manter - que ordenou;…

Vozes do PSD e do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - … por que é que não falaram na diminuição da indisciplina nas escolas (acusavam-nos de tudo e mais alguma coisa com o Estatuto do Aluno e estão aí os dados a confirmar que tínhamos razão); por que é que não falaram no que há de positivo em conhecermos, pela primeira vez, o resultado da avaliação das escolas, para que os portugueses possam decidir fundamentadamente!?
Estas e outras vantagens não interessaram à oposição, que prefere, em certos casos, em vez de pôr Portugal em acção, acusar os Deputados mais novos da maioria de ignorância, como já ouvi em considerandos laterais que só prestigiam quem os profere.
Temos, pois, de aguardar os tempos que aí vêm para acabar com uma certa maneira de fazer oposição. E, Sr.ª Ministra, este não é um problema de somenos, mas acredito que, se houvesse o mais ínfimo problema, a oposição ter-se-ia concentrado apenas no problema. Não tenha a mais leve dúvida!
Quando as Sr.as Deputadas virem o mais belo homem, quando os Srs. Deputados virem a mais bela mulher - ou de acordo com as preferências que tiverem, o que não interessa agora para o caso - hão-de descobrir, apesar da beleza intrínseca daquele ser humano, uma qualquer borbulha atrás da orelha,…

Risos do PSD e do CDS-PP.

… porque é esta a filosofia de estar da oposição. Mas, como qualquer prurido, diria que é preciso andar de cara lavada e deixar o tempo correr.
O Bloco de Esquerda e o PCP parecem dois comboios em excesso de velocidade em sentido contrário: um vai para o passado, outro tem o seu vanguardismo desfraldado mas, em todo o caso, ambos se esquecem de parar na estação terminal para quem faz política, que é a estação do bom senso, da honestidade política e do rigor.

Vozes do PSD e do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - O que já não esperava era um projecto de resolução do Partido Socialista…

O Sr. Bernardino Soares (PCP): - A sua intervenção já "descarrilou"!

O Orador: - É bom sinal que o Partido Comunista esteja descontente com a minha intervenção, porque é mais uma confirmação de que estamos no bom caminho.

Vozes do PSD e do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - Em todo o caso, dizia, não esperava do Partido Socialista - ou melhor, se soubesse que era a Deputada Ana Benavente que ia intervir, já devia esperar… - um projecto de resolução redigido nestes termos.
Em primeiro lugar, falam de propaganda. Mas qual propaganda? Logo os senhores que, enquanto foram governo, dialogaram até esquecer a necessidade de decidir os problemas! E não é propaganda vir aqui falar em comprometer definitivamente o ano lectivo quando o Governo vos dá garantias de que o ano lectivo vai começar atempadamente?
Dizem depois que o problema tem repercussão política. Essa é uma verdade de La Palisse, caso contrário não estaríamos aqui a discutir. Mas já não procede a afirmação de que se trataram de declarações ou de decisões erradas dos políticos.