O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

0079 | I Série - Número 002 | 17 de Setembro de 2004

 

O Sr. José Magalhães (PS): - Será?!…

O Orador: - Acontece que os professores que estão destacados, ou que pensam que vão ser destacados, encontram-se claramente desmotivados para aparecerem nas escolas de origem, por estarem à espera do seu destacamento. É por essa razão que alguns professores não comparecem nas escolas!… Repito, estão, legitimamente, à espera de serem destacados.
No entanto, devo dizer também que os docentes titulares de turma, os conselhos executivos e os demais colaboradores estão motivados e, felizmente, não comungam do pessimismo…

O Sr. João Teixeira Lopes (BE): - Do realismo!

O Orador: - … que a oposição manifesta nesta sessão. Será que o Sr. Deputado Augusto Santos Silva e a oposição não reconhecem neste processo nenhum aspecto positivo a realçar? Parece-me da mais clara demagogia dizer que tudo é mau em educação neste país. Não, isso não é verdade e eu sei quais são os aspectos positivos!

Aplausos do PSD.

O Sr. João Teixeira Lopes (BE): - Quais são?

O Sr. Presidente: - Para pedir esclarecimentos, tem a palavra a Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Augusto Santos Silva: Gostava de realçar a oportunidade da intervenção que aqui fez, no dia em que o Governo inicia o ano lectivo. De facto, só o Governo e a maioria consideram que o ano lectivo começou, porque milhares de estudantes deste país ou não têm professores ou não têm a totalidade dos professores e mais de 40 000 professores não sabem ainda onde serão colocados.
Na verdade, um Governo que considera que um ano lectivo nestas condições começou só pode encontrar nessa forma uma maneira de minimizar a trapalhada em que se meteu relativamente ao novo modelo de colocação de professores.
Depois vimos o Ministério da Educação, na véspera da abertura deste "maravilhoso" ano lectivo, dar estimativas quanto à percentagem das escolas que iam abrir no início ao ano lectivo no País, aliás completamente contrárias às dos representantes dos agentes de educação.
Mas faltam ainda a distribuição de horários e outras formulações necessárias e tudo isto terá, com certeza, repercussões na qualidade do próprio planeamento deste ano lectivo. Penso até, Sr. Deputado, que é profundamente confrangedor ouvir, nesta matéria, as intervenções da maioria, nomeadamente as feitas no dia de ontem, de uma forma tão suave, como, por exemplo, esta: "Sabemos que algumas coisas não correram muito bem"…
Correram mal, mesmo muito mal, e tanto os alunos como os professores sabem disso porque todos o sentiram!
Gostava também de perguntar-lhe, Sr. Deputado, se tem memória de algum ano lectivo onde a trapalhada do seu início tenha sido tão grande.
Termino dizendo que somos dos países da União Europeia o que mais gasta, em termos de orçamento familiar, com a educação.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): - Bem lembrado!

A Oradora: - Pagamos muito pela educação dos nossos filhos em Portugal, a muito níveis, e a resposta que o Governo dá, com o nosso dinheiro no Orçamento do Estado, é esta brutal trapalhada, esta brutal incompetência.
Tenham vergonha, Srs. Deputados!!

A Sr.ª Luísa Mesquita (PCP): - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Para responder aos pedidos de esclarecimento, tem a palavra o Sr. Deputado Augusto Santos Silva.
Dispõe, no máximo, de 5 minutos.