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1378 | I Série - Número 022 | 07 de Janeiro de 2005

 

Constitucional Europeu,…

Aplausos do PSD.

… a batermo-nos pela reforma tão necessária da justiça, enfim, numa palavra, a corrigir os erros que naturalmente possamos cometer, mas inquestionavelmente a seguir o mesmo rumo reformista.
E as portuguesas e os portugueses sabem também, no plano político, que as nossas escolhas para uma aliança na execução deste programa, que é nacional e é difícil, continuam a passar pelo nosso parceiro de maioria.
A experiência da coligação que mantivemos na primeira metade desta Legislatura é uma experiência marcada pela coesão, seriedade e lealdade, que o interesse nacional naturalmente reclama.

Aplausos do PSD.

Mas o que sabem os portugueses sobre o nosso principal adversário nestas eleições? Conhecem alguma opção política objectiva?

Vozes do PSD: - Nada!

O Orador: - Alguma intenção concreta de reforma? Alguma orientação precisa para a exigente situação financeira do País?

Vozes do PSD: - Nada!

O Orador: - Algum ânimo reformista que não seja o ânimo do caranguejo, de regressar às políticas guterristas, de tão má memória?

O Sr. Guilherme Silva (PSD): - Exactamente!

O Orador: - E, igualmente importante, conhecem os portugueses com clareza qual a política de alianças que o Partido Socialista se propõe firmar, se o voto dos portugueses lhes viesse a dar responsabilidades de governo?

O Sr. Guilherme Silva (PSD): - É um tabu!

O Orador: - Com maior ou menor vergonha, as posições do Partido Comunista e do Bloco de Esquerda vão-se conhecendo.
Os comunistas piscam o olho, envergonhados, declarando apenas que não pode haver política de esquerda com a exclusão do PCP. É o pudor da ortodoxia.
Já o Bloco é mais oferecido. Sem conhecimento prévio e sem estabelecer quaisquer condições políticas, anunciou já que viabilizará qualquer governo socialista e o seu programa, e aprovará qualquer orçamento desse mesmo governo.

O Sr. Guilherme Silva (PSD): - Cheque em branco!

O Orador: - É o vale tudo à esquerda!
Falta, então, conhecer o tabu socialista. É que, de duas, uma: ou os senhores não sabem para que lado caem, o que, tratando-se como se trata de um assunto que importa à escolha informada dos portugueses, é grave, ou os senhores já decidiram e já escolheram, só que acham mais prudente escondê-lo dos portugueses, o que, além de grave, é eticamente recriminável.

Aplausos do PSD.

Um tempo de escolhas como aquele que agora vivemos é também um tempo de clareza e de seriedade na apresentação de propostas. Só assim se respeita o exercício soberano e informado do voto. Só assim nos legitimamos democraticamente para a governação do País.
Era bom que, sem subterfúgios nem jogo escondido, rapidamente se conhecessem as propostas e os acordos políticos de cada um.