O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

8 DE NOVEMBRO DE 2006

51

O Orador: — … é igual a um bilhete para o futebol.

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Então, vai comparar um jogo de futebol com uma operação ao apêndice?!

O Orador: — É menor do isso! Portanto, Sr. Deputado, não venha com essa linguagem muito demagógica de quem não aceita uma comparação, porque os portugueses precisam de saber exactamente o que está em causa.
E mais do que isso: também o Sr. Deputado – não digo o Sr. Deputado João Semedo, que tem falado pouco no assunto, mas o Sr. Deputado Francisco Louçã – sempre evita dizer aos portugueses, quando está em frente a uma câmara de televisão, que 55% dos portugueses não pagam taxas moderadoras. E até evita dizer outra coisa: que as taxas moderadoras podem ser descontadas nos impostos. Isso também não diz! Não convém, porque o seu discurso de catástrofe sobre o sistema nacional de saúde já não faria sentido e não faria parte dessa narrativa em que o Sr. Deputado se especializou.
Finalmente, passo a responder ao Sr. Deputado Eugénio Rosa.
Sr. Deputado, acho que o melhor para o Estado é ter os professores que deve ter. Não queremos ter professores com horário zero, não queremos ter professores que não têm que fazer. O que estamos a fazer é a construir um sistema de educação que responda ao problema dos portugueses, Sr. Deputado.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Quantos vão para a rua?

O Orador: — O que queremos é uma educação de excelência e a educação de excelência não se constrói com um sistema onde não há…

O Sr. António Filipe (PCP): — Responda à pergunta!

O Sr. Honório Novo (PCP): — Não acerta uma! Não responde a uma! É tudo ao lado!

O Orador: — Sr. Deputado, desculpe, dá-me licença?

Vozes do Governo: — Pague lá o pão-de-ló!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Responda!

O Orador: — Sr. Deputado, não se excite! Os Srs. Deputados devem entender que o Governo partiu para esta operação da reforma da Administração Pública sem preconceitos. Não dissemos qual era o número, já tínhamos aqui uns números — enfim, acho que o PSD falava em 150 000.

O Sr. António Filipe (PCP): — Quando fizeram as contas?

O Orador: — Não, desculpem, «o seu a seu dono»: o Dr. Miguel Cadilhe é que propunha o despedimento de 150 000, a Iniciativa Compromisso Portugal sugeria o despedimento de 200 000 e, agora, temos o Partido Comunista a dizer: «não, vocês vão despedir 100 000».

O Sr. Eugénio Rosa (PCP): — Agora, já não gosta de números! Está a fugir!

O Orador: — Não, Sr. Deputado, o que vamos fazer é uma reestruturação da Administração Pública,…

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Então, diga quantos!

O Sr. António Filipe (PCP): — Quantos são? Seja rigoroso, não fuja!

O Orador: — … primeiro pensando nos serviços e pensando nos portugueses e verificando o que é que é necessário que esses serviços façam aos portugueses.
Nós não pensamos como vós, Sr. Deputado! O Sr. Deputado está sempre a pensar qual é o interesse dos funcionários das organizações enquanto nós estamos a pensar qual é o interesse das famílias, qual é o interesse da sociedade e também qual é o interesse do Estado. E o interesse do Estado é ser eficiente, é prestar bons serviços.
Mas, finalmente, ouvi falar o Sr. Deputado Eugénio Rosa como Deputado comunista e não, como se costuma apresentar na televisão, como economista.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — E é! É economista!