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I SÉRIE — NÚMERO 17

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O Orador: — Pois, é economista. Está certo!

O Sr. Eugénio Rosa (PCP): — Tenho honra nisso!

O Orador: — Mas não é um economista imparcial, é um economista que é membro da bancada do Partido Comunista!

Protestos do PCP.

O Sr. Eugénio Rosa (PCP): — Não sou um economista «objectivo», os «objectivos» são do PS!

O Orador: — Temos ali, na bancada do PS, muitos economistas, mas quando vão à televisão fazer apreciações políticas não se escondem atrás do facto de o serem e dizem que são Deputados do Partido Socialista!

Aplausos do PS.

Protestos do PCP.

Essa é que é a diferença! Já tenho notado que o Sr. Deputado, nuns dias, se apresenta como economista, noutras alturas como sindicalista da CGTP-IN e, finalmente, noutros dias, como Deputado do Partido Comunista!

O Sr. Eugénio Rosa (PCP): — Os seus argumentos são esses? Responda às questões! É de uma pobreza, de uma indigência!...

O Orador: — A verdade é que os seus pontos de vista são sempre as opiniões do Partido Comunista. Acho que devia ter orgulho nisso…

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — E tem!

O Orador: — … e não, na televisão, disfarçar-se, de vez em quando, como economista independente e isento, apresentando de forma professoral os seus pontos de vista.

Protestos do PCP.

O Sr. Eugénio Rosa (PCP): — Coloquei perguntas concretas! Responda!

O Orador: — Sr. Deputado, não se excite!

O Sr. Presidente: — Sr. Primeiro-Ministro, pode concluir.

O Orador: — Sr. Deputado, espero que não se ofenda por ter recordado que, em todas as suas intervenções, o Sr. Deputado deveria apresentar-se como Deputado comunista. Isto não é ofensivo para ninguém.
Ao contrário do que o Sr. Deputado disse, não me lembro de haver um governo que tenha apresentado mais medidas tendentes a aproximar a taxa efectiva de imposto dos bancos da taxa prevista legalmente. Estas cinco medidas que aqui apresentei são, porventura, as mais eficientes, as mais capazes de elevar e aproximar a taxa efectiva de imposto,…

O Sr. Presidente: — Pode concluir, Sr. Primeiro-Ministro.

O Orador: — … porque o planeamento fiscal e a medida que apresentámos é uma medida de controlo prévio. Quando há esse planeamento fiscal, ele deve ser comunicado às finanças. É assim que se constrói uma justiça fiscal mais eficiente.

Aplausos do PS.

O Sr. António Filipe (PCP): — Respondeu zero!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Sr. Presidente, peço a palavra.