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I SÉRIE — NÚMERO 17

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Não há um único objectivo no Orçamento de 2006 que o Governo não tenha alcançado e o Sr. Deputado vem para aqui dizer que a execução orçamental é completamente contrária! O senhor está a falar de quê?! Desculpe, não se percebeu nada!

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Falei de 2007!

O Orador: — 2007!

O Sr. António Carlos Monteiro (CDS-PP): — O Sr. Primeiro-Ministro é que não percebeu nada!

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Falei de 2007!

O Orador: — Bom, no ano passado, o Sr. Deputado veio aqui dizer que o Orçamento de 2006 era uma fantasia; agora, que conseguimos cumprir todos os objectivos, quer no crescimento, quer na dívida pública, quer nas exportações, quer no Orçamento, o Sr. Deputado vem dizer: «Ah, vão falhar é para o próximo».
Sr. Deputado, o senhor não acha que os portugueses estão a ficar um bocado cansados desse discurso?

O Sr. António Carlos Monteiro (CDS-PP): — De si é que já estão cansados!

O Orador: — Em 2005, o Sr. Deputado disse: «Para o ano, vão falhar!». Agora, em 2006, diz: «É em 2007 que vão falhar!». Em 2007, talvez diga: «É em 2008 que vão falhar!» É por isso que eu acho que isso fica ridículo.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Eu não disse isso!

O Orador: — Se o Sr. Deputado quisesse ter uma avaliação honesta e objectiva da situação deveria dizer que este ano correu bem ao País. Correu bem não apenas ao Governo, que cumpriu todos os seus objectivos, mas correu bem às empresas, aos portugueses. Os portugueses conseguiram responder e reagir àquilo que eram as dificuldades que herdámos, quando chegámos ao poder.
O que é absolutamente inacreditável é que o Sr. Deputado venha aqui, ano após ano, dizer que «Desta vez é que não vão reduzir a despesa!»,…

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Eu não disse isso!

O Orador: — … quando o senhor esteve no governo e aumentou-a todos os anos.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Eu não disse isso!

O Orador: — Desculpe, mas é preciso ter uma completa ausência de moral! O Sr. Deputado aumentou a despesa e, agora, vem dizer: «Não estão a reduzir o suficiente». Sr. Deputado, por amor de Deus!... E, depois, fala-me de reformas!… Sr. Deputado, por isso que o senhor tem aí – se não tem, vai mais uma vez ao Diário da República electrónico –…

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Tenho, tenho!

O Orador: — …. pode verificar que as leis orgânicas do Governo foram todas aprovadas e publicadas no Diário da República. E isso é que vai, agora, comandar aquilo que é a avaliação de serviço a serviço, por forma a que possamos definir as condições efectivas para a eficiência desses serviços, a sua missão e as necessidades de pessoal.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Quanto valem?

O Orador: — Mas para isso deveríamos ter também aprovada a lei da mobilidade, que foi aprovada aqui há pouco tempo. Estamos, portanto, a fazer essa reforma, estamos a fazê-la! E o que é espantoso é que vocês desconfiem de um Governo que a está a fazer apenas porque têm um enorme complexo de culpa: quando estiveram no governo, não fizeram nada. Não só não fizeram nada como não aprovaram nada e aqui continuam a dizer que não se está a fazer nada, apenas porque isso era vantajoso para o vosso caso.
Mas não se trata apenas da mobilidade, Sr. Deputado. O Sr. Deputado deve andar distraído, é a única possibilidade que vejo.