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30 DE NOVEMBRO DE 2006

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O Sr. Honório Novo (PCP): — Ora bem!

O Orador: — Não compete à segurança social, mais uma vez, financiar uma despesa que não está dentro das suas atribuições.

O Sr. Honório Novo (PCP): — Depois, entra em falência!…

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Secretário de Estado da Segurança Social.

O Sr. Secretário de Estado da Segurança Social (Pedro Marques): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, gostava de começar por saudar a intervenção do Sr. Deputado Adão Silva, pelo facto de o PSD acompanhar a proposta de benefícios contributivos nas áreas do interior para a criação de postos de trabalho. Obviamente, não deixo de estranhar uma intervenção desta natureza oriunda de uma bancada que apoiou um governo que, por duas vezes, em 2002 e em 2003, tentou «matar» este regime, acabar com o regime de apoio à criação de postos de trabalho no interior, mas que agora vem apoiar-nos!

Aplausos do PS.

Bem-vindo, Sr. Deputado. Bem-vindos!! De qualquer modo, a sua preocupação é também a nossa. Portanto, estamos empenhados em manter regimes positivos de criação de postos de trabalho no interior mas, também, em evitar a utilização abusiva e fraudulenta do regime.
Quanto à questão que referiu no final, como sabe, por vezes existem situações de utilização dos descontos para a segurança social (neste caso, com a isenção, tal não poderia suceder), dando origem, depois, a direitos que não têm correspondência com a prestação de trabalho efectivo. Portanto, também é para tentar travar situações de utilização indevida do regime que colocamos esta norma.
Quanto à questão do financiamento deste regime, é igualmente de estranhar que o PCP só agora, que esta norma vem no Orçamento do Estado para 2007, se lembre desta questão quando este regime já existiu! Ora, é precisamente este ano, com a nova Lei de Bases da Segurança Social, que os regimes de isenções contributivas desta natureza passarão progressivamente a ser financiados a 100% pelo Orçamento do Estado, sendo já hoje financiados a 50%.
O caminho está traçado, o seu financiamento será feito a 100% pelo Orçamento do Estado, mas o PCP só agora se lembrou desta questão. O PS e o Governo já se tinham lembrado dela há muito mais tempo!

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Não há pedidos de palavra para intervir sobre os artigos 40.º a 43.º, pelo que passamos ao artigo 44.º da proposta de lei.
Para intervir sobre ele, tem a palavra o Sr. Deputado Almeida Henriques.

O Sr. Almeida Henriques (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Deputados e Srs. Membros do Governo, em matéria de impostos já ficou bem patente para todos os portugueses qual é a intenção do Governo. E essa intenção chama-se voracidade fiscal, chama-se cobrar mais para gastar mais! É claro e notório neste Orçamento que o Governo penaliza, mais uma vez, as famílias, as empresas e, mais grave ainda, penaliza a competitividade da economia portuguesa. Aliás, é o próprio Relatório de Outono do Banco de Portugal que vem reconhecer que este agravamento é insuportável para as famílias e para as empresas.
Nesta voracidade fiscal, a que chamaria até «gula» fiscal — e a gula é uma coisa feia —, não escapa ninguém! Designadamente: não escapam os combustíveis, há um agravamento do regime simplificado e, como o Sr. Ministro bem sabe, são os pensionistas que vão pagar mais IRS,…

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças (Teixeira dos Santos): — É falso!

O Orador: —…são os funcionários públicos e os reformados da função pública que vão descontar mais para a ADSE. Só que, nesta «gula» fiscal, há cidadãos que deviam ser poupados e não o são, Sr. Ministro.
Estes cidadãos de que estou a falar chamam-se cidadãos com deficiência,…

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — Muito bem!

O Orador: — … cidadãos que deveriam ter a solidariedade do Governo e uma palavra de manutenção dos benefícios que actualmente têm na lei. Um Governo socialista deveria manifestar aqui maiores preocupações sociais e maior manutenção deste regime fiscal.