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I SÉRIE — NÚMERO 27

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O Orador: — Essa da irritação… Quando não gostam de ouvir o que vos é dito, vocês vêm sempre com essa do «não se zangue», «não se irrite». Não! Você é que está a ficar irritado por ver que falhou.

Aplausos do PS.

Protestos do PSD.

De facto, o Sr. Deputado falhou a pontaria, falhou o alvo!! Sr. Deputado Honório Novo — e aproveito para esclarecer também o Sr. Deputado Francisco Louçã —, eu não anunciei descidas de impostos.

O Sr. Honório Novo (PCP): — Mas eu ouvi!

O Orador: — Não esteve com atenção, Sr. Deputado. Se calhar, ainda estava a fazer contas a quanto lhe custou o pão-de-ló!…

O Sr. Honório Novo (PCP): — Não, não é isso!

O Orador: — Se me permite, o Sr. Deputado, tal como o Governo, cumpre as promessas. Recebi um pãode-ló, que agradeço e que me surpreendeu, tal como o crescimento da economia portuguesa, por ser maior do que esperava!

Risos do PS.

Não anunciei descidas de impostos. Disse tão-somente que é importante esta consolidação orçamental para que tenhamos espaço de manobra que nos permita, de facto, reduzir os impostos. E esta redução só poderá efectuar-se se conseguirmos esse objectivo. Isto não é uma promessa, é apontar para um desígnio que está por detrás de todo o processo de consolidação orçamental, que só faz sentido se formos capazes, uma vez atingido esse sucesso, de restituir aos portugueses o que hoje lhes estamos a pedir.
Em 2006, o crescimento é claramente superior ao esperado — respondo aqui aos Srs. Deputados Honório Novo e Diogo Feio, conjuntamente. Não vamos discutir aqui números em concreto, mas chamo a atenção para o seguinte: o Fundo Monetário Internacional, a OCDE, a União Europeia, o Banco de Portugal previam crescimentos para 2006 que pouco mais eram do que metade do que agora prevêem. De facto, o que aconteceu foi que constataram que o crescimento económico, em 2006, vai ser claramente superior ao que previram inicialmente.
Portanto, não venham invocar as reticências ou as dúvidas dessas instituições internacionais.
Sr. Deputado Honório Novo, pedia-lhe um pouco de atenção na leitura do quadro que refere as economias previsíveis pelas várias medidas. O Sr. Deputado falou em 3,5 milhões de euros de economias, só que não pode somar todas as verbas. Se ler com atenção o texto que explica o quadro, verificará que o que temos em cada ano é o valor acumulado relativamente ao ano base. Não são economias apuradas em cada ano mas, sim, o valor acumulado nesse ano. Portanto, não pode somar todas as verbas na horizontal, porque é induzido em erro na interpretação…

O Sr. Honório Novo (PCP): — Não é o que refere o quadro!

O Orador: — É o que refere o quadro!! Leia com atenção, Sr. Deputado!

O Sr. Honório Novo (PCP): — Refere-se a cada ano!

O Orador: — Leia a nota que está por baixo do quadro: em cada ano, por comparação com a situação desde final de 2006.

O Sr. Honório Novo (PCP): — Exactamente! Estou a ler!

O Orador: — É o que está na nota por baixo do quadro, Sr. Deputado! Leia com atenção, por favor.
Relativamente às questões e às dúvidas que levantou, invocando organizações internacionais, leio-lhe o seguinte: «Portugal fez bons progressos na implementação das medidas do programa nacional de reformas. A reforma da Administração Pública está na direcção correcta.
Portugal fez, em geral, progressos significativos na implementação de medidas macroeconómicas que melhoram a sustentabilidade das finanças públicas e permitem criar condições para um crescimento económico mais sustentável».