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I SÉRIE — NÚMERO 27

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O Orador: — … porque no PEC de 2005 o Governo previa já o crescimento do investimento. Ora, aquilo que verificamos é que revêem em baixa esse investimento e que, a partir de 2008, cresce exponencialmente para justificar estes crescimentos do PIB que o Governo prevê.
Sr. Ministro, em concreto, em que se baseia o Governo para prever que, a partir de 2008, o investimento vai crescer da forma que referiu, quando reviu em baixa o crescimento do investimento em 2006 e em 2007.
Sr. Ministro, diga-nos se isto é efectivamente rigor.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro de Estado e das Finanças.

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Sr. Presidente, começo por agradecer quer ao Sr.
Presidente quer aos Srs. Deputados o facto de me terem chamado a atenção e recordado que as regras protocolares de nos dirigirmos uns aos outros devem ser respeitadas. Devo salientar que não foi com qualquer intenção de desrespeito por essas regras protocolares que utilizei uma expressão de uso popular e corrente.
Gostaria de recordar ao Sr. Presidente e aos Srs. Deputados que não nasci em «berço de ouro», as minhas raízes são populares…

Protestos do PSD.

O Sr. Henrique Rocha de Freitas (PSD): — O que é que uma coisa tem a ver com a outra?!

O Orador: — … e sempre fui educado em que tratar por você era uma forma de respeito e de boa educação.

Aplausos do PS.

Portanto, peço ao Sr. Presidente e aos Srs. Deputados que entendam que sempre que eu me dirija a alguém por você o faço por reconhecido respeito pelas pessoas…

O Sr. Henrique Rocha de Freitas (PSD): — Não entendo, não!

O Orador: — … e agradeço que não me queiram ensinar nem impor maneirismos com os quais não cresci nem fui educado. Mas acreditem que sempre fui ensinado e aprendi que tratar alguém por você é um sinal de respeito e de boa educação.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Sr. Ministro, dá-me licença?

O Orador: — Sr. Presidente, se me permite…

O Sr. Presidente: — Sr. Ministro, dá-me licença?

O Orador: — Sim, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: — O Sr. Ministro pode ter esse entendimento e respeitamo-lo, mas a regra da Assembleia da República é que, para usar da palavra, nos dirigimos ao Presidente e às Sr.as e Srs.
Deputados, nos termos de um Regimento aprovado pela mais democrática das Assembleias de Portugal.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Orador: — Sr. Presidente, se me permite — e peço desculpa de insistir —, gostaria de dizer que era precisamente esse aspecto que queria salientar com esta minha intervenção.
Reconheço, aceito e procurarei respeitar o Regimento, como é evidente,…

O Sr. Henrique Rocha de Freitas (PSD): — Assim está bem!

O Orador: — … mas, se no calor do debate, porventura, terei usado essa expressão, não quero que, de forma alguma, esta Assembleia entenda isso como uma forma de desrespeito. Era isto que eu gostaria de clarificar, para que não houvesse quaisquer dúvidas quanto a esta matéria.