37 | I Série - Número: 044 | 2 de Fevereiro de 2007
tem desenvolvido enquanto Director-Geral dos Impostos. Mas também reconhecemos — fizemo-lo publicamente e o senhor também deveria reconhecê-lo! —, nesta matéria, o excelente trabalho do Dr. Amaral Tomás, enquanto Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, do Sr. Ministro Teixeira dos Santos e, naturalmente, o trabalho e a vontade política do Primeiro-Ministro, Eng.º José Sócrates.
Aplausos do PS.
Portanto, fique a saber que o combate à evasão e fraude fiscais irá continuar, com ou sem o Dr. Paulo Macedo,…
Vozes do PS: — Muito bem!
O Orador: — … porque a equipa responsável, o Governo, esse, manter-se-á garantidamente…
O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — Esse é que é o drama!
O Orador: — Essa é a melhor garantia do trabalho que irá continuar a desenvolver. Sobre isso não tenha dúvidas.
Deixo-lhe uma pergunta muito simples.
O Sr. Deputado considera que a competência profissional do Dr. Paulo Macedo, que nem sequer está em causa, é um exclusivo do próprio e que, havendo no País tantos técnicos, tantos economistas, tantos juristas, esgota-se no Dr. Paulo Macedo a possibilidade de haver gente competente à frente da DirecçãoGeral dos Impostos e de se manter continuadamente o combate à fraude e à evasão fiscais? Considera que é um exclusivo do Dr. Paulo Macedo? Francamente, gostaria de ouvir a sua resposta e desde já o aconselho sobre a mesma: não ofenda os outros excelentes técnicos portugueses, gente competente que temos no País.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Duarte Pacheco.
O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Victor Baptista, agradeço a sua pergunta, que permite desde logo ver que o Partido Socialista evolui no tempo…
O Sr. Afonso Candal (PS): — É verdade! Já VV. Ex.as regridem!
O Orador: — … e evolui, sobretudo, mudando de posição, conforme está no Governo ou na oposição.
Todos recordamos o debate que aqui ocorreu quando da nomeação do Dr. Paulo Macedo, o voto de protesto que os senhores apresentaram e votaram.
O Sr. Agostinho Branquinho (PSD): — Exactamente!
O Orador: — Um dos presentes nesse dia era o Sr. Deputado José Sócrates, que não teve o mínimo escrúpulo em utilizar essa questão como arma de arremesso político-partidária.
O Sr. Miguel Frasquilho (PSD): — Tal qual!
O Orador: — É uma falta de princípios, uma falta de ética que costuma ser timbre dessa bancada.
Aplausos do PSD.
Pelo nosso lado, optámos por alguém que sabíamos ser uma boa escolha. Hoje, passados três anos, estamos orgulhosos da escolha feita.
Quanto aos resultados obtidos, Sr. Deputado, permita-me dois comentários.
Primeiro. não se escondam atrás do trabalho de outros. Só vos ficará bem.
O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — Muito bem!
O Orador: — Em segundo lugar, também não temos nenhum pejo em reconhecer a acção do Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais que, aliás, foi o primeiro a dizer, no Parlamento, que grande parte do sucesso deste combate à evasão fiscal provinha das condições que foram criadas pelos governos anteriores. Essa foi a seriedade do Sr. Secretário de Estado, coisa que os senhores mão conseguem subscrever.