41 | I Série - Número: 045 | 3 de Fevereiro de 2007
guesas, um resultado positivo de 13 milhões de euros. O Terminal XXI, o terminal que foi concessionado à PSA, atingiu o breack-even, atingiu as 100 000 unidades, o que quer dizer que já está hoje a garantir retorno.
O que é característico do investimento é que nós investimos num momento para ter resultados diferidos no futuro, por isso é que é preciso atrair investimento, para que esses resultados possam ser produzidos no futuro. Mas, para isso é preciso valorizar as infra-estruturas, valorizar as ligações rodoviárias e ferroviárias, como aqui se está aqui a fazer, de modo a permitir a Sines a utilização plena deste efeito de fachada, que é o efeito do País, que é a fachada da Europa para o Atlântico, e também a vocação industrial, comercial e histórica que Portugal tem do ponto de vista da sua relação com o mar.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Alberto Antunes.
O Sr. Alberto Antunes (PS): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Queria, muito rapidamente, dizer ao Sr. Deputado Luís Rodrigues que me recordo perfeitamente do IC33. E, a este respeito, quero dizer-lhe apenas o seguinte: para o IC33 foi feita uma adjudicação nos tempos do governo do Partido Socialista por 900
Portanto, o Governo do Partido Socialista tem a consciência tranquila nesta matéria e respondeu sempre às propostas e aos desafios de desenvolvimento daquela zona do País.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado José Soeiro.
O Sr. José Soeiro (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Começo por dizer ao Sr. Deputado Alberto Antunes que reflicta sobre o que disse. Por duas razões simples: a primeira é que se o Sr. Deputado confunde transportes marítimos, estruturas marítimo-portuárias — ou aero-portuárias, porque também lá temos a ANA — com serviços de limpeza na câmara municipal, «vou ali e já volto».
Risos do PCP.
De facto, trata-se de uma visão estratégica para o País em relação à qual estamos conversados! Não há mais nada a dizer! Mas ainda lhe lembro uma coisa: uma vez que conhece tão bem Setúbal, talvez tenha conhecimento da dívida que os 16 anos de má gestão do Partido Socialista deixou na Câmara Municipal de Setúbal.
Vozes do PCP: — Exactamente!
Vozes do CDS-PP: — Ah!
O Orador: — Talvez isso sirva de alerta para esta maioria! É que não há maiorias eternas. Ganham-se e perdem-se.
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Exactamente! Sobretudo quando fazem mau trabalho!
O Orador: — Portanto, fica o «aviso à navegação».
Mas o Sr. Ministro falou das parcerias público-privadas. Queria dizer que o que, na verdade, temos tido é públicas para o investimento — e já lá vão 80 milhões de euros em três anos — e privadas para os lucros!
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Exactamente!
O Orador: — É que se se tratasse de parcerias público-privadas, no sentido de fazer convergir esforços com remunerações ajustadas, adequadas ao capital investido, poderíamos estar a discutir uma proposta que podia, eventualmente, ser uma solução. Mas o que temos constatado é que as parcerias públicoprivadas feitas são, na verdade, como há pouco referi, muito, mas muito, investimento público com todos, mas todos, os resultados para os privados.
Vozes do PCP: — Essa é que é a verdade!