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14 | I Série - Número: 062 | 22 de Março de 2007

e, agora, só porque passou para a oposição, tenha uma posição contrária à que defendeu quando estava no governo.
A propósito de transparência, Sr. Deputado,…

O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr. Primeiro-Ministro.

O Orador: — … quero recordar-lhe que este Governo decidiu disponibilizar na Internet todos os estudos, todos aqueles que existiam e mesmo aqueles que os senhores tinham deixado na gaveta, tinham pago e não tinham publicado. Mas só disponibilizaremos na Internet os estudos que estão concluídos. O estudo a que o Sr. Deputado se refere é um estudo que visa compatibilizar a aviação civil, na Ota, com a aviação militar, na Base de Monte Real. Esse estudo não está ainda finalizado,…

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — Que vergonha!

O Orador: — … mas certamente encontraremos uma boa solução que permita que o aeroporto da Ota funcione no máximo da sua capacidade, e também as rotas militares.
Agora o que é absolutamente impossível é que o Sr. Deputado não tenha uma palavra a dizer ao País sobre uma coisa que se concluiu ao longo deste tempo de debate: que o País precisa, urgentemente, de um novo aeroporto internacional!

O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr. Primeiro-Ministro.

O Orador: — Concluo já, Sr. Presidente.
Este ano, no ano de 2007, não há espaço para 8000 movimentos de aeronaves no Aeroporto da Portela.
Nos anos anteriores, em 2005, foram recusados 825 voos, em 2006, foram recusados 1421 voos e, repito, no ano de 2007, provavelmente, teremos que recusar voos na ordem dos vários milhares.
É por isso, Sr. Deputado, que o que se pode concluir, desde logo, deste debate é que o País já compreendeu que precisamos de um novo aeroporto, porque um país que aposta no turismo e quer ter uma economia a crescer não pode ter um aeroporto velho e sem condições de operacionalidade.
É por isso, Sr. Deputado, que o País também já concluiu que não pode ter a Portela com outro aeroporto, como alguns defendiam, porque isso seria irresponsável do ponto de vista da competitividade do País.
É por isso que o País precisa de decisões urgentes, que não nos sujeitem a um calendário que porá em causa a economia nacional.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para replicar, dou agora a palavra ao Sr. Deputado Luís Marques Mendes, não sem antes pedir aos intervenientes na réplica o respeito do tempo atribuído.
Sr. Deputado Marques Mendes, tem que dar o exemplo.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — Tem de dizer isso ao Sr. Primeiro-Ministro, que tem mais de 100% de défice!

O Sr. Luís Marques Mendes (PSD): — Costuma-se dizer que o exemplo deve vir de cima, Sr. Presidente…! O Sr. Primeiro-Ministro usou grande parte do seu discurso inicial e, agora, da sua resposta para atacar o PSD e, em particular, a minha pessoa.
Percebo-o muito bem, lindamente, Sr. Primeiro-Ministro! O senhor gostava de ter um líder do PSD que fosse dócil, mas não tem!

Vozes do PS: — Ohhh…!

O Orador: — O senhor gostava de ter um líder do PSD que lhe viabilizasse Orçamentos, mas não tem! O senhor precisava de ter um líder do PSD que pactuasse com o seu incumprimento da promessa de não aumentar impostos, mas não tem! O senhor gostava de ter um líder do PSD e um PSD que fosse muleta do Governo, mas não tem! O senhor gosta de controlar tudo, mas não controla o PSD!

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Orador: — Aqui faz-se oposição firme, mas responsável. Aqui não se fazem fretes ao Governo. É isso que lhe custa!!