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20 | I Série - Número: 071 | 13 de Abril de 2007

que tenho inveja? Porque são muito mais novos do que eu, portanto, ainda têm um amplo campo de trabalho aqui. Eu vou ter lá fora, mas também já não é uma perspectiva muito grande. Isto é assim! O caminho vai-se estreitando, e é natural e normal.
Mas eu conheci também aqui o pai do Sr. Deputado Montalvão Machado, com quem tive o grande prazer de trabalhar. Conheci o filho, não conheci o neto…

Risos.

… e esse, se calhar, já não conhecerei. Mas, Sr. Deputado Montalvão Machado, agradeço as suas palavras, bem como as do Sr. Deputado Nuno Magalhães, e desejo-lhes que empreguem a vossa juventude a bem do povo. É claro que não acredito…

Risos.

Isso é mais ali para o Deputado Nuno Magalhães,…

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Olhe que não!

A Oradora: — … porque na área da justiça e dos tribunais eu e o Sr. Deputado Montalvão Machado temos muitos pontos em comum. Ainda pertence ao Conselho de Acompanhamento dos Julgados de Paz, ou já não?

O Sr. António Montalvão Machado (PSD): — Não!

A Oradora: — Mas eu vou continuar lá e podemos vir a encontrar-nos lá. Até já fui convocada para uma reunião, amanhã, às 10 horas e 30 minutos.

Risos.

Veja lá que queria descansar um bocadinho e não posso!… Faço gosto em registar que a lealdade que sempre usei no debate parlamentar também a aprendi na advocacia em Setúbal, uma grande lealdade. Penso que o Sr. Dr. Juiz… aliás, aqui não é juiz mas Deputado Fernando Negrão há-de reconhecer que é verdade que entre os advogados mais antigos da Comarca de Setúbal sempre houve uma grande lealdade.

O Sr. Fernando Negrão (PSD): — É verdade!

A Oradora: — E eu isso já trazia da minha actividade profissional.
Gostava de ter tido a possibilidade… Fui para Direito, porque era a maneira de… Depois, não gostei, mas como fui passando todos os anos e tinha pena de inutilizar um ano e de mudar de curso lá o fui tirando, com grande esforço. E hoje, não estou arrependida, porque é uma coisa maravilhosa.
Mas devo dizer que, quando tiver tempo — pode ser que tenha proximamente! —, vou comprar a Odisseia.

Risos do Ministro dos Assuntos Parlamentares.

Só a conheço daqueles resumos que havia antes e que o meu pai me comprou para eu ler aquela história. O Sr. Ministro usou imagens extraordinárias de uma grande poesia e de um grande significado.
Só queria que essa poesia fosse utilizada em prol dos interesses do povo, que as palavras do Governo nos Diários da República também fossem «palavras com asas». No entanto, acho que nem sempre são e aí é que estamos separados.
A palavra barricada acha que é feia? Não é! Há lá coisa mais bonita do que ir ler a História: as barricadas da Comuna de Paris, a barricada defendida pelas mulheres em Paris?! Não é nada feia.

O Sr. Ricardo Gonçalves (PS): — La Pasionaria!

A Oradora: — Não, ali era a Louise Michelle, da Comuna de Paris. La Pasionaria é outra, mas não me referia a essa, porque estava precisamente a lembrar-me daquela belíssima canção Le temps des cerises — o tempo das cerejas.
E, como vou ter de terminar, porque penso que foram momentos que, ao fim ao cabo, acabaram, se calhar, por revelar certas coisas acerca da maneira de ser de algumas pessoas, queria fazê-lo, referindo que não tenho essa cultura das literaturas clássicas, mas li uma tragédia numa tradução para português, na Biblioteca Cosmos, dirigida então pelo saudoso Bento de Jesus Caraça, que era Prometeu Agrilhoa-