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14 | I Série - Número: 077 | 28 de Abril de 2007

Quanto à saúde, Sr. Deputado, a reforma das urgências que estamos a fazer traduz-se na existência de mais 10 pontos de urgência no interior. A reforma destina-se justamente a atender melhor e a dar melhores condições às pessoas do interior.

Protestos do PSD.

Os senhores não gostam de ouvir o que tenho para dizer, mas têm de o fazer! Esta reforma das urgências reduz de 450 000 para 60 000 o número de portugueses que estão a mais de 60 minutos de um ponto de urgência. Esta reforma é, portanto, absolutamente essencial para qualificar o Serviço Nacional de Saúde e para o tornar mais próximo e eficiente para os cidadãos.
O Sr. Deputado diz-me que não faz aproveitamento do descontentamento local?! Mas, então, o que é que chama ao facto de vermos o principal líder da oposição numa manifestação, em Oleiros, ao lado do Sr. Presidente da Câmara?! Isto não é aproveitar o descontentamento local, ele próprio baseado numa informação deficiente com o objectivo de atacar o Governo?! O Sr. Deputado pode participar nas manifestações que quiser. Escolha o seu caminho! Se pensa que o caminho do maior partido da oposição, candidato à governação, é o de aproveitar todos os descontentamentos e de se tentar apoderar deles para os atirar contra o Governo, faça favor!, mas esse caminho já provou não oferecer credibilidade!! Por outro lado, se me permite, aconselho-o a não tentar criar divisão onde ela não existe. Nós somos favoráveis à realização de um referendo sobre o tratado constitucional europeu, mas a substância desse tratado é a principal prioridade deste Governo em vésperas de assumir responsabilidades europeias.
Por outro lado, o Sr. Deputado, que tem andado tanto a falar no controlo dos media, não trouxe esse tema a este debate. Estranho e curioso…! Ontem ouvi aqui o PSD falar em «claustrofobia democrática»… Por que é que o Sr. Deputado não trouxe esse tema da «claustrofobia democrática»? Se as liberdades estão assim tão ameaçadas, se é tão urgente ir para as trincheiras do combate aos domínios excessivos e autoritários, por que é que o Sr. Deputado não se referiu a isso? Estranho e extraordinário!…

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — Já dissemos o que tínhamos a dizer sobre isso!

O Orador: — Sr. Deputado, expressões como a da «claustrofobia democrática» são normalmente empregues por aqueles que estão mal dispostos pela simples razão de estarem na oposição. Sempre que se está na oposição com má disposição inventa-se um termo desses, como o de «melancolia democrática», de «alheamento democrático» ou, agora, o de «claustrofobia democrática»…

O Sr. José Eduardo Martins (PSD): — O senhor lá saberá do fala!

O Orador: — Percebo que o Sr. Deputado possa sentir «claustrofobia» e falta de ar na oposição, mas não confunda a sua falta de ar com a falta de ar da democracia, porque a democracia portuguesa tem oxigénio suficiente!

Aplausos e risos do PS.

A verdade é que o Sr. Deputado, que tanto falou nisto, não teve coragem de, neste Parlamento e neste debate, falar daquele que tem atacado nos últimos dias. Aliás, o senhor tem propositadamente comentado e criticado a decisão de uma empresa privada quanto à indicação e nomeação de um elemento dos seus órgãos sociais. Refiro-me à nomeação do Dr. Pina Moura, Deputado do PS, para a televisão. O Sr. Deputado não teve coragem de se referir a isso porque sabe que não tem razão. De facto, esse caso é relativo a uma empresa privada com a qual o Governo nada tem a ver.

Protestos do PSD.

É inacreditável que o Sr. Deputado Marques Mendes lance essas suspeições e insinuações, sobretudo quando o Deputado Pina Moura fez aquilo que devia, ou seja, renunciou ao seu lugar de parlamentar e demitiu-se dos seus cargos políticos.

Aplausos do PS.

Essas insinuações que o Sr. Deputado lança e as permanentes críticas às decisões de empresas privadas em nada abonam o nosso respeito pelo mercado.
De qualquer modo, sempre lhe digo que em matéria dos media públicos não recebo lições suas. Na verdade, o PSD não pode dar lições de moral a este Governo sobre essa matéria!