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13 | I Série - Número: 079 | 4 de Maio de 2007

O Orador: — Sobre Oeiras e os interesses delicados que juntam o Partido Socialista à maioria da Câmara Municipal, nem uma palavra! Registo isso.
Julgo que essa «finta» que tentou fazer a debater estas questões, que são questões importantes porque têm a ver com a credibilidade da democracia, da qualidade da nossa democracia, diz tudo da posição do Partido Socialista.

O Sr. Emídio Guerreiro (PSD): — Muito bem!

O Orador: — E repetem, neste momento, aquilo que o Partido Socialista andou a fazer durante um ano e meio, ou seja, reclamando todos os dias eleições, mas todos os dias, sendo incapaz de dar o passo que a coragem política reclamava, que era assumir no local próprio, na Câmara Municipal, a responsabilidade decorrente daquilo que era aparentemente a sua posição política.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Orador: — Portanto, Sr. Deputado, vai ouvir aqui outra vez: aquilo que os senhores estiveram a fazer neste mandato da Câmara Municipal de Lisboa, aquilo que o senhor aqui fez agora mesmo, foi pura hipocrisia política! Repito: pura hipocrisia política!!

Aplausos do PSD.

O que os senhores estiveram a fazer até hoje foi um mero jogo que se basta com os puros interesses partidários, mais nada do que isto. Os senhores não olharam um minuto para os lisboetas; os senhores não olharam um minuto para o interesse da cidade de Lisboa; os senhores estiveram numa atitude permanente de obstrução, de maledicência e de tentar enganar os cidadãos com manobras políticas que todos os dias mais não faziam do que impedir o trabalho de uma Câmara Municipal.
Sr. Deputado, termino como comecei: espero que até ao fim deste debate possamos ouvir de si ou de alguém dessa bancada algo sobre aquilo que se passa em Oeiras!

Vozes do PSD: — Exactamente!

O Orador: — É que as acusações ficaram ali feitas. E o silêncio comprometido que o senhor teve na sua intervenção basta-me para confirmar aquilo de que há muito suspeitava.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Fazenda.

O Sr. Luís Fazenda (BE): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Miguel Macedo, a sua intervenção é uma intervenção de desespero depois do «naufrágio» em que o Partido Social-Democrata deixa a Câmara Municipal de Lisboa O Sr. Fernando Rosas (BE): — Muito bem!

O Orador: — Quase não merecia comentário, porque só poderia merecer da nossa parte comiseração, pois é essa a situação de caos. Até o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa perderam pelo caminho…!

Aplausos do BE.

Portanto, vêm aqui, a esta Câmara, quase num acto de contrição, responsabilizar, tentar enlamear todas as bancadas. Mas eu devo responder-lhe, porque acusou claramente o meu partido de um conjunto de falsidades.
Em primeiro lugar, o Vereador Sá Fernandes não embargou a obra do túnel do Marquês, esse «monumento do santanismo» ao regime. Foi o tribunal que embargou!!

Vozes do BE: — Exactamente!

O Orador: — E em boa hora o embargou por sete meses, num atraso de mais dois anos que ainda não terminou, porque a obra ainda não terminou, como se sabe!! Para quê? Para que houvesse um estudo de impacte ambiental e fossem introduzidas melhorias no túnel que muito valeram para a sua segurança!