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14 | I Série - Número: 086 | 24 de Maio de 2007

do El Pais…

Risos do CDS-PP.

Mas a verdade é que o poder político deu uma resposta à necessidade de 1600 postos de trabalho.
Esta empresa, Sr. Ministro, tem um nome, chama-se Delphi e também está em Portugal!… Em Portugal, a Delphi anunciou o despedimento de 524 trabalhadores na Guarda. Sabe o que é que, no nosso país, os responsáveis do poder político disseram? Um — mas esse não é um responsável…, já nem digo o que é que ele é, mas já não é um responsável!! —, o Ministro da Economia e da Inovação veio dizer que a mesma empresa iria criar 250 postos de trabalho em Castelo Branco. Teve de ser desmentido pelo seu Secretário de Estado,…

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Já é costume!

O Orador: — … que veio dizer «não liguem lá muito ao que o Sr. Ministro disse, porque ele enganouse, esses postos de trabalho, afinal, já estão ocupados».

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Também é costume!

O Orador: — A verdade é que para estes trabalhadores, em relação a estes postos de trabalho, o Governo deu uma resposta: zero!! Nada tem, nada para lhes dizer!! Nada tem, nada para lhes prometer!! E considero isto muito curioso, Sr. Ministro, porque vou ler-lhe aqui o que um Deputado desta Casa, com uma anterior maioria que não era socialista, perguntava ao Governo, quando houve uma empresa muito semelhante numa região muito próxima, que encerrou. Dizia, nessa altura, esse Deputado: «Durante estes meses, toda a gente fez o que pôde para permitir a permanência em actividade da empresa, todos se empenharam nesse objectivo. Todos, com excepção do Governo que, sendo o principal responsável pelas questões sociais geradas, foi o único a ficar mudo e quedo. Nem uma palavra, nem um gesto, nada! É incompreensível que o Governo assista a este encerramento, que, ao arrastar-se tantos meses,…»

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado…

O Orador: — Termino já, Sr. Presidente.
Volto à citação: «É incompreensível que o Governo assista a este encerramento, que, ao arrastar-se tantos meses, tende a esmorecer as esperanças e a tornar-se definitivo, sem dizer o que pensa nem tomar uma atitude».

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, não é uma interpelação do CDS-PP — essa, será a seguir.

O Orador: — Termino já, agradecendo a sua flexibilidade, Sr. Presidente…! Dizia, ainda, o Deputado: «Pela minha parte, não aceito o silêncio e a inactividade do Governo e, por isso, quero saber o que é que o Governo vai fazer no sentido de evitar o encerramento desta empresa e de proteger os trabalhadores».
O Deputado que falava desta forma tão violenta não era do partido interpelante, não era o Deputado Jerónimo de Sousa, era o Deputado José Sócrates, eleito pelo Círculo Eleitoral de Castelo Branco!!… O que é que o Sr. Ministro tem a dizer relativamente a isto?

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Feliciano Barreiras Duarte.

O Sr. Feliciano Barreiras Duarte (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, após ouvirmos a intervenção do Sr. Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, ficou claro para a Câmara que o Sr. Ministro e o Governo já se escondem por detrás da catástrofe social que os números do desemprego mostram a todos os portugueses.
Dois anos depois de terem tomado posse, e sabendo nós que se irritam, gostam de olhar para o lado e torcem muitas vezes as mãos, quando se recordam ou são recordados dos números da criação de emprego que prometeram em campanha eleitoral, é caso para dizer: o Sr. Ministro, o Sr. PrimeiroMinistro e todos os membros do Governo mentiram aos portugueses e, hoje, aquilo que os portugueses percebem é que, tendo-lhes prometido, acima de tudo, o céu, estão a criar, a cada dia que passa, cada vez mais dificuldades a muitas famílias.