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11 | I Série - Número: 090 | 1 de Junho de 2007

O Orador: — E o que espantoso é que o Sr. Deputado, que pertenceu a um governo que não realizou estas provas — elas não eram universais, nem obrigatórias —, venha agora criticar o facto acusandonos de terem sido feitas em benefício do facilitismo.
É exactamente o contrário, Sr. Deputado! O sistema ficou mais exigente depois destas provas!!

O Sr. António Montalvão Machado (PSD): — É falso! É falso!

O Orador: — E não apenas isto! Estas provas também terão um reflexo nas escolas porque, pela primeira vez, elas irão ser corrigidas e os resultados entregues nas escolas até ao dia 21 de Junho. Isto é, sem dúvida, um sucesso do nosso sistema de educação, que, pela primeira vez, fez este número de provas — 250 000! — em 7800 escolas e os resultados serão conhecidos até ao dia 21 de Junho! Sr. Deputado, isto nada tem a ver com facilitismos, pelo contrário!!

Aplausos do PS.

Mas, Sr. Deputado, a verdade é que estas provas de aferição têm diversos objectivos e, ao contrário do que o Sr. Deputado pretendeu insinuar, os erros ortográficos são avaliados. Estas provas de aferição têm vários objectivos: têm como objectivo analisar e avaliar a capacidade do aluno para compreender o texto e também para avaliar o aluno na sua forma de expressão escrita. Portanto, não é verdade o que o Sr. Deputado disse! Mas o que é absolutamente indesculpável é a demagogia e o oportunismo que o Sr. Deputado revela quando vem acusar o Governo de fazer provas de aferição que, pretensamente, não avaliam ou, melhor, não castigam ou punem aqueles que se exprimem em menor português, pretendendo dizer que o Governo mudou a grelha de avaliação destas provas de aferição. Isso não é verdade, porque as grelhas de avaliação são iguaizinhas às do passado!! Se o Sr. Deputado quer saber, vou ler-lhe os critérios de classificação do ano de 2003. Dizem assim: «Nos itens da primeira parte não se consideram os erros de construção frásica, de grafia ou de uso de convenções gráficas». Quem estava no governo em 2003?… Presumo que o Sr. Deputado estava…! E, em 2004, quem estaria no governo?…

Aplausos do PS.

Os Srs. Deputados podem ver a dimensão da demagogia! O Sr. Deputado, praticamente, acusou o Governo de ter mudado a grelha de avaliação, de as provas de aferição serem agora mais fáceis do que eram no passado. Pois, em 2004, os critérios de classificação, que, como toda a gente percebe, são critérios técnicos e não são decididos por qualquer membro do Governo, também diziam: «Nos itens da primeira parte não se consideram os erros de construção frásica, de grafia ou de uso de convenções gráficas».

Aplausos do PS.

Em 2007 os critérios de classificação dizem também: «Nos itens da primeira parte não se consideram os erros de construção frásica, de grafia ou de uso de convenções gráficas».
O Sr. Deputado Luís Marques Mendes, agora, está muito incomodado com o facilitismo na grelha de avaliação das provas de aferição, mas não estava preocupado quando estava no governo e essas grelhas de avaliação eram exactamente iguais às que se colocam hoje!!

Aplausos do PS.

Ó Sr. Deputado, é a isto que eu chamo demagogia e oportunismo!

O Sr. Presidente: — Sr. Primeiro-Ministro, peço-lhe que termine.

O Orador: — Depois, Sr. Deputado, quanto à matéria de desemprego é preciso dizer a verdade toda: Sr. Deputado, nestes dois anos, desde que chagámos ao Governo até hoje, foram criados 41 000 empregos líquidos!! A nossa economia já está a criar emprego!! Desde que chegámos ao Governo, o desemprego subiu, mas subiu em função do aumento da população activa e subiu 0,9%! Quanto é que o desemprego subiu durante os três anos em que o Sr. Deputado esteve no governo? Subiu de 4,4% para 7,5%!!

Vozes do PS: — Muito bem!