26 | I Série - Número: 096 | 21 de Junho de 2007
Alguma «obsessãozinha» da oposição relativamente a este tema tem seis meses, mas a grande obsessão da oposição, ou das oposições, relativamente a esta matéria tem dois meses: essencialmente, tem tanto tempo quanto o início do processo e da corrida à candidatura à Câmara Municipal de Lisboa.
Vozes do PS: — Muito bem!
O Orador: — Como eu dizia, o País já percebeu e os portugueses compreendem, embora comecem a ficar perplexos e preocupados com esta situação.
Vozes do PS: — Muito bem!
Protestos da Deputada do BE Helena Pinto.
O Orador: — O Governo e o Partido Socialista estão preparados para conduzir, com sentido de responsabilidade, com determinação e dando primazia ao interesse público nacional,…
Vozes do PS: — Muito bem!
O Orador: — … o processo da construção do novo aeroporto de Lisboa.
Aplausos do PS.
Sr.as e Srs. Deputados, o que está em causa aqui, fundamentalmente, é, e deve ser, a imagem do País, a imagem do colectivo da sociedade portuguesa e dos seus responsáveis políticos.
Vozes do PS: — Muito bem!
O Orador: — O que está aqui em causa é que Portugal tem de responder rapidamente, com uma solução de futuro e de qualidade, à necessidade de integração numa rede de transportes moderna, transeuropeia, nomeadamente no aspecto específico do transporte aeroportuário.
Vozes do PS: — Muito bem!
O Orador: — Efectivamente, o que o Governo fez, e VV. Ex.as têm conhecimento do processo, no qual VV. Ex.as
, PSD e CDS-PP, colaboraram activamente,…
O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Não é verdade!
O Orador: — … foi decidir, em Novembro de 2005, com base num processo de estudos que foi desenvolvido, de avaliações, de ponderações, de recolhas de informação, que a melhor localização – volto a dizer, com base nos estudos técnicos desenvolvidos por entidades credíveis, tão credíveis, no mínimo, como aquelas que agora dizem que não serve – era a Ota. A Ota era aquela localização que, em princípio, teria as melhores condições para a construção do novo aeroporto de Lisboa.
A Sr.ª Isabel Jorge (PS) : — Muito bem!
O Orador: — Mas, contrariamente àquilo que se diz e efectivamente assim deve ser, estuda-se e avalia-se, decide-se a localização e, depois, projecta-se. Porque projectar é um trabalho fino de avaliação e de análise das condições necessárias à construção, que é a fase imediatamente seguinte, quer técnicas quer financeiras.
Portanto, não se diga aqui que se «anda com o carro à frente dos bois» ou que não se procede da forma como se deve proceder. O que efectivamente se fez foi decidir, em função dos elementos que existiam, credíveis, e agora projecta-se, estuda-se, salvaguardando todos os pormenores para que a decisão sobre a localização da construção do novo aeroporto, deste grande projecto nacional, seja aquela que melhor serve os interesses de todos os portugueses, do País, e não só dos candidatos de alguns à Câmara Municipal de Lisboa, acerca de dois meses a esta parte.
Aplausos do PS.
Em função desta decisão, tomada em 2005 e não contestada por alguém de forma visível ou audível – já disse isto várias vezes –, mandam as regras de seriedade política e da coerência das grandes decisões que se deve prosseguir um rumo, naturalmente, não surdo nem cego em relação às evidências que