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22 | I Série - Número: 101 | 5 de Julho de 2007

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Diogo Feio.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O debate sobre o projecto de resolução que o CDS-PP apresentou a esta Câmara é bem elucidativo do modo como as diversas forças partidárias vão pensando o tema da educação.
Não deixa de ser curioso que, numa questão verdadeiramente estratégica para o nosso futuro, numa questão determinante em relação àquilo que continuará a ser, ou não, o nosso Estado, a educação, o Partido Socialista tenha optado pelas suas companhias. Aliás, ao Partido Socialista pode dizer-se: «Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és»…

O Sr. Luís Fazenda (BE): — Isso é uma crise de ciúmes!

O Orador: — O Partido Socialista fez claramente as suas escolhas, escolheu as suas companhias, isto é, a esquerda mais retrógrada deste Parlamento!

Vozes do CDS-PP:- Muito bem!

Risos do PCP e do BE.

O Orador: — Aliás, optou por fazer um discurso do século passado.
Mas que fique tudo muito claro: o CDS-PP quer uma escola com mais autonomia, quer uma escola onde exista concorrência e quer uma escola, ao contrário da sinalética dos Deputados do Partido Socialista, em que se premeie o mérito e o esforço.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Muito bem!

O Orador: — Por isso, temos ideias concretas. Aliás, não deixou de ser curioso ouvir uma crítica fantástica, dizendo que «o CDS-PP apresenta aqui um diagnóstico em relação àquilo que existe actualmente na educação em Portugal, com o qual genericamente concordamos, mas indica apenas uma única solução, parece que pensa que os exames tudo solucionam».

Vozes do PS: — É verdade!

O Orador: — Engano puro! Este é o primeiro dos debates que VV. Ex.as vão ter de fazer nesta Câmara, porque, em relação a esta matéria, muitos se seguirão.

Aplausos do CDS-PP.

Que fique desde já claro que fizemos esta proposta em relação à avaliação dos alunos, mas também vamos fazer propostas em relação à avaliação das escolas, à liberdade de escolha e à autonomia. É uma maçada, mas, finalmente, vão ter que nos dizer quais as ideias que os senhores têm em relação à educação.

A Sr.ª Paula Barros (PS): — Estão à vista!

O Orador: — Ouvimos até um argumento que também não deixa de ser interessantíssimo: em mais nenhum Estado da Europa temos exames da forma que referem. Aliás, havia apenas duas referências. Pois digo também que mais nenhum Estado da Europa tem a educação no estado em que, actualmente, a temos em Portugal.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Muito bem!

O Orador: — Essa é que a questão grave! Não há mais nenhum Estado na Europa com um nível de saída precoce das escolas como o que existe em Portugal entre o 9.º e 0 10.º, e isso é que vos deveria preocupar. Mas em relação a este assunto, zero sobre zero! Aliás, o Grupo Parlamentar do Partido Socialista transformou o debate sobre educação numa espécie de anedotas sobre a Administração Pública, e devo dizer que bastante tristes.
Não deixa de ser curioso que o aspecto fundamental que o Partido Socialista aqui quis deixar seja o da defesa da escola pública.

O Sr. Luiz Fagundes Duarte (PS): — É verdade!