23 | I Série - Número: 002 | 21 de Setembro de 2007
Entre a sua vasta bibliografia universitária, ensaística e literária constam, entre outras, as obras: Os Universos da Crítica: Paradigmas nos Estudos Literários (1983); O Reino Flutuante (1972); A palavra sobre a palavra (1972); Hipóteses de Abril (1975); A letra litoral (1978); A mecânica dos fluidos (1984); A noite do mundo e O cálculo das sombras (1997); Situações do Infinito (2004); Diálogos sobre a fé (2004), escrito com o Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo; Razão do Azul (2004); e Nacional e Transmissível (2006).
Os dois volumes de um diário intitulado Tudo o que não escrevi (1992) mereceram o Grande Prémio de Literatura Autobiográfica da Associação Portuguesa de Escritores, em 1996. Pelas suas crónicas, Eduardo Prado Coelho foi ainda agraciado com o Grande Prémio de Crónica João Carreira Bom, em 2004.
Eduardo Prado Coelho foi também um polemista notável, contribuindo decisivamente para vários debates que marcaram a Cultura portuguesa, com destaque para o que travou com o escritor Virgílio Ferreira, sobre o Humanismo.
Desde os anos 60 até aos seus últimos dias, revelando uma vitalidade e uma curiosidade intelectuais sem igual, Eduardo Prado Coelho manteve uma colaboração constante com jornais e revistas, com particular incidência na crítica literária, nos problemas culturais e civilizacionais e na análise política.
Nos últimos anos, destacou-se pelas suas crónicas diárias no jornal Público, onde abordava, com a simplicidade que só uma sólida cultura permite, os mais variados temas da vida quotidiana.
O seu envolvimento, durante toda a vida, nos grandes debates públicos foi exemplar, tendo-se sempre revelado disponível para o empenho cívico nas grandes causas sociais, culturais e políticas que mobilizaram o nosso país.
A Assembleia da República presta sentida homenagem à personalidade e à memória de Eduardo Prado Coelho, apresentando aos seus familiares o sentimento de profunda condolência.
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, está em apreciação.
Pausa.
Não havendo pedidos de palavra, vamos votar.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
A Câmara guardou, de pé, 1 minuto de silêncio.
A Mesa fará chegar este voto aos familiares de Eduardo Prado Coelho.
Srs. Deputados, vamos apreciar o voto n.º 104/X — De congratulação pela participação honrosa da Selecção Nacional Masculina de Basquetebol no Europeu da modalidade (CDS-PP).
Tem a palavra o Sr. Secretário para proceder à sua leitura.
O Sr. Secretário (Abel Baptista): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto é o seguinte:
A Selecção Nacional Masculina de Basquetebol terminou a sua participação no Europeu da modalidade, que se disputou em Espanha, num honroso 9.º lugar, entre 18 equipas.
Foi a primeira vez que Portugal se qualificou para a fase final desta competição, na qual apenas tinha participado em 1951, mas por convite.
A equipa lusa foi eleita unanimemente como a grande sensação deste EuroBasket, apesar de ser o País presente com menos cotação internacional. Graças a esta excelente campanha, o basquetebol nacional passa a figurar, pela primeira vez, no ranking mundial da modalidade.
Os basquetebolistas portugueses deram provas de estarem à altura de poder competir com as melhores equipas do velho continente. Exemplos disso foram as duas vitórias e a presença na segunda fase deste europeu.
Graças ao empenhamento, esforço e dedicação de todos os jogadores e da equipa técnica, assistimos a um dos momentos mais altos da história internacional do basquetebol português.
Estes resultados foram obtidos também graças a um trabalho persistente e sistemático da Federação Portuguesa de Basquetebol com as associações regionais e os clubes. É ainda graças a este trabalho, empenho e dedicação que alguns atletas, quer masculinos quer femininos, têm atingido os mais altos resultados desportivos em competições internacionais.
Desta forma, esta participação e o resultado final dos basquetebolistas lusos são, sem dúvida, motivo para que a Assembleia da República congratule toda a Selecção Portuguesa de Basquetebol, como forma de glorificar o trabalho de cada jogador e a dinâmica de uma equipa que representa Portugal.
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, está em apreciação.