20 | I Série - Número: 023 | 10 de Dezembro de 2007
O Sr. Pedro Santana Lopes (PSD): — Foi o Dr. Durão Barroso!
O Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações: — Não foi o seu governo?
Vozes do PSD: — Não, não!
O Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações: — Não?! Bom, não interessa!! Assinou, mas como não passou da assinatura, agora ficam incomodados que o Governo esteja a fazer as obras. Já está a fazer-se a avaliação de impacte ambiental; em 2008, vamos lançar o concurso e as obras vão ser feitas, Srs. Deputados, porque o País precisa de se desenvolver e modernizar, não ç de conversa fiada»
Vozes do PSD e do CDS-PP: — Exactamente! Conversa fiada!
O Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações: — Portanto, Sr. Deputado, as obras que este Governo está a fazer não são «obras virtuais». Designadamente nas estradas, nós tínhamos um problema, que os senhores conhecem bem, para resolver. Qual foi o modelo que nos foi deixado pelo governo do PSD e do CDS?
O Sr. Pedro Santana Lopes (PSD): — Por nós?
O Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações: — Sim. Qual foi o modelo que deixaram?
O Sr. Pedro Santana Lopes (PSD): — Nós? Então não foi o Eng.º Guterres?
O Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações: — Na véspera de saírem do governo transformaram a Estradas de Portugal em EPE e mandaram a Estradas de Portugal endividar-se em 700 milhões de euros!!
Vozes do PS: — Ahhh!»
O Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações: — Ora aqui está o modelo perfeitamente adequado áquilo que queremos fazer»
O Sr. Jorge Costa (PSD): — A dívida aumentou 40%!
O Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações: — Aumentou até 40% porque nós não fizemos os 700 milhões de euros, mas só 60 milhões. Este é que é um facto!! Agora, é evidente que se queremos fazer obra e investir quer no País, como em qualquer empresa, como em qualquer campo, o senhor pode ter de recorrer a endividamentos, é preciso é que tenha um modelo que lhe permita pagar esse endividamento sem ser á custa dos contribuintes,»
O Sr. Jorge Costa (PSD): — Desenvolva os estudos!
O Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações: — » mas, sim, à custa de quem utiliza a rede rodoviária e que seja pago pelos que a utilizam hoje, amanhã e depois.
O Sr. Bruno Dias (PCP): — Onde é que eu já ouvi isto?
O Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações: — Srs. Deputados, nós estamos a desenvolver os nossos projectos das obras, não estamos a fazer obras «à solta», não obras avulsas.
Começámos por fazer, como os Srs. Deputados sabem bem, orientações estratégicas para todos os sectores da actividade dos transportes.