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26 | I Série - Número: 030 | 22 de Dezembro de 2007

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Secretário de Estado da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar.

O Sr. Secretário de Estado da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Henrique Rocha de Freitas, nas Forças Armadas só estou habituado a ver duas cores, o vermelho e o verde, não outras.

Aplausos do PS.

E devo dizer-lhe que, se falássemos de apelidos de soldados para as Forças Armadas, o melhor seria o de «Excelência», porque é isso que temos nas Forças Armadas, é isso que temos nas fileiras.
É essa excelência que faz com que continue a ser um sucesso a profissionalização, é essa excelência que faz com que continue a haver voluntários a entrar para as Forças Armadas e é essa excelência que faz com que continuemos a desenvolver esquemas de qualificação profissional, de formação profissional, para a reinserção na vida civil dos militares que saem das carreiras.
É essa excelência que nos leva também a trabalhar na revisão das carreiras militares, através do grupo de trabalho das carreiras militares, porque também queremos resolver algumas situações, que são prejudiciais para o progresso na carreira, designadamente na classe de sargentos.
Portanto, reconhecemos isso e estamos a trabalhar. Aliás, no próximo ano, em 2008, também pensamos levar a cabo realizações concretas, não só, como já foi feito este ano, a nível do ensino, mas também no âmbito das carreiras e dos vencimentos dos militares das Forças Armadas.
Portanto, aos três r juntaria um e, que é o de excelência, excelência das Forças Armadas Portuguesas.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para replicar, tem a palavra o Sr. Deputado Henrique Rocha de Freitas.

O Sr. Henrique Rocha de Freitas (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Ministro, Sr. Secretário de Estado, na cor da bandeira portuguesa também vejo duas cores; no Governo socialista é que não vejo o verde esperança, mas apenas o vermelho de reprovação.

Protestos do PS.

A questão, para mim, é muito clara. Vamos a números concretos: em 2004, foram promovidos 192 majores e, em 2007, 123; em 2004, foram promovidos 154 tenentes-coronéis e, em 2007, 108; em 2004, foram promovidos 103 coronéis e, em 2007, 49; em 2004, foram promovidos 303 sargentos-ajudantes e, em 2007, 50; em 2004, foram promovidos 159 sargentos-chefes e, em 2007, 30.
É esta a excelência do Governo? Não me parece.
E, mais, se tivermos de atender à assistência na doença dos militares, dir-lhe-ei que, em 2007, mais de 45% dos beneficiários da ADM não foram sequer atendidos nas suas comparticipações de doença.
Por isso, Sr. Ministro e Sr. Secretário de Estado, o e não é de excelência, é de exclusão.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Secretário de Estado da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar.

O Sr. Secretário de Estado da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Henrique Rocha de Freitas, nessa matéria, não podemos estar de acordo. É que, mais do que falarlhe de números, só posso falar-lhe, de novo, de excelência.

O Sr. Henrique Rocha de Freitas (PSD): — Os senhores contrariam a sua excelência!

O Sr. Secretário de Estado da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar: — Isto é, os números que temos de promoções são daquelas que decorreram de um sistema de avaliação rigoroso nas Forças Armadas e do reconhecimento do mérito para essas promoções. A mim pouco me interessa se tive 200 promoções; o que me interessa é que todas essas promoções foram justas e que houve mérito e excelência para elas serem realizadas.
Outra coisa distinta é a questão da progressão nas carreiras e da expectativa de progressão nas carreiras que os militares devem ter, matéria em que estamos a trabalhar através da revisão das carreiras militares.
As promoções não são uma questão de números; são uma questão de reconhecimento de uma prestação,