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25 | I Série - Número: 039 | 25 de Janeiro de 2008

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Sr. Presidente, peço a palavra.

O Sr. Presidente: — Também para uma interpelação à Mesa? O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Exactamente, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Sr. Presidente, vou relatar apenas os factos, não retirando daí nenhuma conclusão.
O PCP, por volta das 16 horas de sexta-feira, pediu este agendamento potestativo, entregou-o na Comissão e divulgou-o à comunicação social.
Algumas horas depois, a própria Sr.ª Presidente da Comissão contactou-me dizendo o que tinha combinado com o Ministro.

O Sr. Manuel Pizarro (PS): — Já estava marcado!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Mas não houve, nem há, nenhuma informação anterior ao anúncio e à entrega da iniciativa do PCP que informe os Deputados desta vinda, porque, se assim fosse, o PCP teria ponderado proceder de outra maneira.

O Sr. Manuel Pizarro (PS): — Já percebemos!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — E há uma coisa que toda esta questão não pode esconder: é que isto é em relação a esta semana e não justifica o que se passou em nenhuma das outras semanas, desde Dezembro, em que os partidos, na Comissão de Saúde, e até o PS, procuraram agendar esta reunião, nunca tendo havido disponibilidade do Sr. Ministro da Saúde para vir cá! Desde Dezembro, Sr. Presidente!

Protestos do Deputado do PS Manuel Pizarro.

Por isso, se justifica este agendamento potestativo! A questão é séria, a reunião é séria e vamos tratá-la com a máxima seriedade!

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: — Para uma declaração política, em representação do Grupo Parlamentar do CDS-PP, tem a palavra o Sr. Deputado Diogo Feio.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Assistimos, durante a semana que passou, a um sinal evidente de crise relativamente ao crescimento das economias. As perspectivas para o futuro são tudo menos animadoras.
Após o crash da passada segunda-feira, os mercados reagiram com desconfiança, sobretudo devido à incerteza sobre o que acontecerá com a economia norte-americana; as previsões de crescimento de vários Estados europeus começam a ser revistas em baixa; a economia espanhola já conheceu melhores dias.
Perante tudo isto, o Governo português, que não deve ter uma atitude alarmista, reage com um optimismo irrealista.
A «doutrina Manuel Pinho» infelizmente contagiou o Governo.
A atitude da actual maioria, se não fosse trágica, era mesmo cómica.

Aplausos do CDS-PP.

Mas, com toda a sinceridade, há melhores lugares para fazer humor do que o Governo de Portugal.