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28 | I Série - Número: 039 | 25 de Janeiro de 2008

O Sr. Deputado disse aqui que, a nível financeiro, há problemas no País, que há problemas internacionais.
Então, se há problemas no País, se há problemas internacionais de âmbito financeiro, a pergunta é óbvia: acha é com comportamentos desses, que lançam a instabilidade e a desconfiança sobre uma instituição credível, que é o Banco de Portugal, que o CDS-PP ajuda a credibilizar o próprio País e as suas instituições?

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Victor Baptista (PS): — Não podemos ficar pelas palavras, Sr. Deputado! Era pelos actos, pelo sentido da responsabilidade que o vosso partido se deveria apresentar nesta Assembleia da República!

O Sr. Presidente: — Tem de concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Victor Baptista (PS): — Concluo, Sr. Presidente.
Ó Sr. Deputado, não gosto muito de falar no passado, mas há uma coisa que lhe digo: vir comparar o crescimento económico e o défice orçamental dos dias de hoje com o dos dias de um governo de que fez parte o seu partido é «não ter espelho em casa» — permita-me a expressão.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Diogo Feio.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Victor Baptista, independentemente do facto de eu ter ou não espelho em casa, o Sr. Deputado não deve ter televisão, rádios ou jornais,»

Vozes do CDS-PP: — Exactamente!

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — » porque não viu as notícias da õltima semana em relação á crise financeira que se instalou e à incapacidade que Portugal tem, devido à falta de um verdadeiro modelo de crescimento económico em relação a esta matéria.
Mas o Sr. Deputado veio, aqui, dar-nos um conjunto de teorias: a teoria de esclarecimento, a teoria da instabilidade e a teoria da responsabilidade. Vamos às três.
Primeira teoria: a do esclarecimento.
Os senhores, de facto, têm uma nova postura, porque à partida estão sempre esclarecidos.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Mesmo antes de o serem!

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Portanto, mesmo antes de poderem sê-lo já estão esclarecidos,»

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Exactamente!

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — » não precisam, rigorosamente, de mais nada! Ó Sr. Deputado, já agora, conhece — como perguntei ao Sr. Governador — algum banco central no mundo que tenha actuado de forma idêntica ao Banco de Portugal? Se conhece, diga-o.
A intervenção do Banco de Portugal concorreu para a estabilidade financeira? Se acha que concorreu, diga-o! Foi pedida, como prevê o Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, alguma auditoria? Foi dito que não. Porquê? Diga, se faz favor.
Quais as informações que foram pedidas e quando? Desde quando teve conhecimento? Não era possível tê-lo mais cedo? Diga lá! Substitua-se ao Sr.
Governador e responda a estas perguntas. Essa é uma impossibilidade que o senhor tem.
A segunda teoria é a da instabilidade. É extraordinário virem dizer que é o CDS que agora vem criar instabilidade no sistema financeiro. O que é que houve durante o último ano, Sr. Deputado? Foi estabilidade?!