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43 | I Série - Número: 039 | 25 de Janeiro de 2008

vinhos se não fosse boa para Portugal. Ou seja, preferia que Portugal não ficasse comprometido com a OCM dos vinhos se não fosse vantajosa para Portugal.
Podemos deduzir que o Partido Socialista e o Ministro da Agricultura estão satisfeitos com esta reforma dos vinhos!» O PSD não está satisfeito com esta reforma dos vinhos! Que isto fique bem claro, Sr. Deputado. Nós subscrevemos o que há pouco li — e que o Sr. Deputado também subscreveu — e muitas outras frases que não foram acolhidas na OCM dos vinhos.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Jorge Almeida.

O Sr. Jorge Almeida (PS): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Carlos Poço, lamento profundamente, repito, profundamente, que o senhor tenha tão grande desconhecimento sobre a matéria.

Risos do PSD.

Lamento profundamente.
Mais: o Sr. Deputado revela aqui, além de desconhecimento, alguma falta de seriedade intelectual. O Sr. Deputado devia ler os relatórios e apreciar as posições do seu companheiro de partido no Parlamento Europeu.

O Sr. Carlos Poço (PSD): — Leia o seu relatório!

O Sr. Jorge Almeida (PS): — O senhor não leu o relatório. O relatório tem muitas páginas e, provavelmente, o Sr. Deputado precisará de mais tempo para analisar o que lá está!

Protestos do Deputado do PSD Carlos Poço.

Sr. Deputado, vamos ser claros.
Relativamente ao licenciamento, em resposta ao Sr. Deputado do Partido Comunista, eu disse que o licenciamento não termina em 2014. O licenciamento das vinhas com denominação de origem das regiões demarcadas será reavaliado em 2018. Há licenciamento e não liberalização até 2018. Haverá uma nova reavaliação em 2018.
Sr. Deputado, esta é a posição justa, correcta e equilibrada.
Relativamente à chaptalização, volto a repetir: somos total e frontalmente contra.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Jorge Almeida (PS): — A lógica, os equilíbrios e os negócios, porque se trata de negociação feita em Bruxelas, conduziram a que, para garantir bons financiamentos para esta reforma aos países do sul da Europa, para garantir os equilíbrios entre a oferta e a procura — a única forma de os nossos pequenos agricultores sobreviverem é fazermos aumentar, sobretudo, os preços dos vinhos de mesa — , tivéssemos de deixar cair alguma coisa»

O Sr. Carlos Poço (PSD): — É preciso é ter em conta os interesses de Portugal!

O Sr. Jorge Almeida (PS): — » e, então, permitimos que algumas regiões do norte da Europa com tradição na utilização de sacarose pudessem continuar a utilizá-la. Foi essa a cedência a que a negociação conduziu.
O Sr. Deputado, além de estar pouco informado, além de não ler os relatórios — porque é bom que se leiam os relatórios! — , precisa de aferir os seus conhecimentos sobre esta matéria.