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39 | I Série - Número: 039 | 25 de Janeiro de 2008

outra cultura.

Aplausos do PS.

A defesa da equidade nos mercados através das práticas enológicas aprovadas pela Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), os significativos apoios à promoção internacional, a protecção da qualidade e da originalidade dos vinhos com denominação de origem, a defesa das regiões demarcadas, a valorização das organizações de produtores e dos organismos interprofissionais e a manutenção dos direitos de plantação para além de 2014 constituem também medidas que vêm de encontro aos interesses portugueses, contrariando o impulso inicial liberalizante da Comissão Europeia.

O Sr. Jorge Tadeu Morgado (PSD): — Isso é verdade!

O Sr. Jorge Almeida (PS): — Mas há nesta reforma também uma redefinição dos apoios muito mais abrangente. Introduz o apoio ao desenvolvimento rural, através do reforço de verbas inscritas no Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER), e para a chamada gestão de crises, apoiando novas rubricas, como os seguros em catástrofes naturais, a criação de um fundo mútuo e o reforço de verbas através do envelope nacional, compensadores da retirada das medidas de mercado.
Do ponto de vista financeiro, Portugal ganha um significativo reforço de verbas, se tivermos em conta os valores comparados entre esta e a anterior reforma.
O acordo final da OCM vitivinícola demonstrou à saciedade a capacidade negocial, a inteligência e a visão estratégica da diplomacia portuguesa.

Aplausos do PS.

Sr. Presidente, Srs. Deputados: O que esteve em causa nesta grande discussão europeia sobre a reforma do vinho foi uma confrontação entre dois modelos de gestão do sector: um modelo liberal, alimentado por concepções agro-industriais do novo mundo vinhateiro, sem história, sem tradição, sem regulação, com elevada volatilidade, onde esta actividade se confunde com qualquer outra produção industrial; e o modelo europeu, assente na tradição, na história e na cultura das regiões demarcadas, que sempre encontrou aí e nos produtos de qualidade com denominação de origem os factores de competitividade que o impuseram, e impõem, comercialmente a todo o mundo, como tivemos oportunidade de transmitir à Sr.ª Comissária em Maio de 2007. Uma tradição e uma história que vincam uma cultura milenar e que são o suporte da vida de muitas das nossas regiões do interior.
Mas a reforma não foi feita apenas por Portugal ou pelos países do sul da Europa.

Vozes do PSD: — Ah!»

O Sr. Jorge Almeida (PS): — A reforma foi aprovada com o cunho da liderança portuguesa, sim, mas de acordo com a conjugação vectorial de 27 países.
Enganam-se aqueles que gostariam de ver a reforma chumbada e Portugal agarrado a uma vitória moral por ter sido inflexível na anti-chaptalização.

Aplausos do PS.

A esses, que não acreditam no mercado apesar de saberem que não há outras soluções, nada mais lhes resta que diabolizar as medidas agora aprovadas.

O Sr. Presidente: — Tem de concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Jorge Almeida (PS): — Concluo já, Sr. Presidente.
Sr. Presidente, Srs. Deputados: Quem acredita no futuro do sector está aqui para dizer a toda a produção e