48 | I Série - Número: 047 | 14 de Fevereiro de 2008
O Sr. Primeiro-Ministro: — Desengane-se! Houve quem não fizesse, mas haverá quem faça, ao serviço de uma educação pública com qualidade e de um País melhor!
Aplausos do PS.
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Sem chumbos, sem notas…!
O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Alberto Martins.
O Sr. Alberto Martins (PS): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, é evidente que temos em grande medida uma oposição reactiva, errática e sem projecto estratégico.
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — É a resposta?! O Sr. Primeiro-Ministro não respondeu!
O Sr. Alberto Martins (PS): — De facto, as críticas que os senhores fazem são parcelares, são reactivas ou são sem ideias estratégicas, finalistas, alternativas. É o vazio claro do vosso entendimento.
Uma vez que o Governo e o Partido Socialista têm o grande objectivo de conduzir o País para uma situação melhor, mais justa e mais solidária, há situações que nos preocupam a todos, nomeadamente o combate à pobreza, a melhoria das condições de vida das famílias, a redução das desigualdades sociais, as novas políticas de solidariedade.
Por isso, Sr. Primeiro-Ministro, a questão que lhe coloco, tendo em conta as medidas que foram introduzidas e os resultados que foram já alcançados no que diz respeito ao défice, à redução da dívida pública, a uma melhor sustentação das políticas públicas no plano financeiro estrutural, é se esse vai continuar a constituir, como temos visto até hoje, um grande objectivo estratégico inerente ao próprio desenvolvimento e crescimento de Portugal.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Alberto Martins,…
Vozes do CDS-PP: — Ahh!…
O Sr. Primeiro-Ministro: — … os números são claros: tem havido, ao longo dos anos, uma diminuição do risco de pobreza em Portugal, de 20% para 19% e para 18%, já em 2006.
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Não é em 2006!
O Sr. Primeiro-Ministro: — É por isso, Sr. Deputado, que muitos daqueles que gritam slogans dizendo que a pobreza e as desigualdades estão a aumentar, pura e simplesmente, não dizem a verdade. Isso não condiz com os números. Nós não podemos ter, nesta matéria, a atitude de quem, estando na missa, a ouve em latim e abana com a cabeça.
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Respeite quem lá vai! O que é que tem contra as pessoas que vão à missa?!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Pura e simplesmente, isso não é verdade. E essa diminuição, Sr. Deputado Alberto Martins, é também um resultado daquilo que nós fazemos.