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19 | I Série - Número: 060 | 15 de Março de 2008


O Sr. Ministro da Economia e da Inovação: — … o investimento aumentou 3% em 2007, e tinha baixado 10,7% em 2002, 2003 e 2004. E não se diga que a situação já vinha desde o início da década ou tão-pouco que vem desde 1995.
Gostaria de sublinhar aqui uma coisa: entre 1995 e 2000, Portugal foi o país da Europa em que o investimento mais cresceu, a seguir à Finlândia. O problema surgiu em 2002, 2003 e 2004.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Não compare os crescimentos!

O Sr. Ministro da Economia e da Inovação: — No que diz respeito aos maiores investimentos, vou enumerar os principais que ocorreram em 2006 e 2007, sendo que, em 2006, o maior foi o da Autoeuropa, no valor de 540 milhões de euros, mas também houve o da Portucel, no valor de 482 milhões de euros, e o da Soporcel, no valor de 190 milhões de euros.
Existe uma forte concentração em dois sectores que se estão a afirmar como extremamente importantes na nossa economia: o sector automóvel e o sector da floresta-papel.
No ano de 2007, os maiores projectos foram a Repsol, no valor de 750 milhões de euros, a Artemis, no valor de 400 milhões de euros, em relação ao qual a primeira pedra foi lançada ontem, a Celbi, no valor de 320 milhões de euros, e a Acuinova, que é o projecto da Pescanova em Mira e que vai dar lugar à maior criação de pregado do mundo.
A via é, definitivamente, o investimento na modernização das fábricas existentes, em novas fábricas, em mais tecnologia e na qualificação dos recursos humanos.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para replicar, o Sr. Deputado Jorge Seguro Sanches.

O Sr. Jorge Seguro Sanches (PS): — Sr. Presidente, Sr. Ministro da Economia e da Inovação, vou questioná-lo ainda sobre o mesmo tema.
Em Portugal, cerca de 85% da energia que consumimos provem de combustíveis fósseis. Nos últimos três anos, tem sido feito um esforço muito grande para que uma boa parte desse consumo de energia tenha uma fonte renovável.
Sr. Ministro, gostaria de saber qual é a grande linha de orientação nestes investimentos, tendo em conta que o preço do petróleo disparou e passou, nos últimos dias, dos 100 dólares (valor já elevadíssimo) para os 110 dólares.
Assim, queria saber qual é o grande objectivo que temos, visto que, apesar de não termos combustíveis de origem fóssil, estamos perante uma grande oportunidade para criar segurança no nosso abastecimento e desenvolver, no nosso país, uma economia importante na área da energia.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para responder, o Sr. Ministro da Economia e da Inovação.

O Sr. Ministro da Economia e da Inovação: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Jorge Seguro Sanches, o nosso objectivo para 2010 é o de sermos capazes de produzir 45% da electricidade a partir de fontes renováveis.
A nível da União Europeia, foi estabelecido para Portugal o quinto desafio mais ambicioso. E, quando falo da União Europeia, quero dizer que temos o quinto desafio mais ambicioso em todo o mundo, que é sermos capazes de produzir, em 2020, não só a electricidade, mas 31% de toda a nossa energia primária a partir de fontes renováveis.
A grande aposta é a água e o vento. Portugal não explorar a água e o vento significa o mesmo que a Venezuela não explorar o seu petróleo ou a Argélia não explorar o seu gás.
Desde que sou Ministro da Economia, a potência instalada da energia eólica aumentou quatro vezes: passou de cerca de 500 MW para mais de 2000 MW. O plano de barragens lançado recentemente vai levar à