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12 | I Série - Número: 062 | 20 de Março de 2008

O Sr. Pedro Santana Lopes (PSD): — Eu disse, o senhor é que não ouviu!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Deputado, o que é perfeitamente visível é que, ao fim de três anos de oposição, os portugueses sabem tudo sobre as questões internas do PSD, sobre quotas, sobre regulamentos, sobre verdades,…

Aplausos do PS.

Vozes do PSD: — Oh!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … mas o PSD não se dá ao trabalho de explicar aos portugueses quais são as suas propostas para o País. Esta é a única conclusão que podemos tirar!

Aplausos do PS.

Sr. Deputado, também ouvi falar nesses tais sete pecados mortais que o PSD disse que a governação tinha. Depois, não eram sete, eram apenas seis. Mas, Sr. Deputado, o que tenho a dizer é que o pecado mortal na política é o da ausência de credibilidade...

Vozes do PSD: — A sua!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … e vai sendo tempo de o PSD apresentar as suas propostas, as suas orientações, porque, se o não fizer, a única coisa que podemos concluir é que o PSD, esse sim, é que está sem «piloto», Sr. Deputado!

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Santana Lopes.

O Sr. Pedro Santana Lopes (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, fala muito em credibilidade e, como sabe, a credibilidade tem a ver com poder acreditar-se ou não em alguém.
Sr. Primeiro-Ministro, o senhor gosta muito de falar em questões internas do partido a que pertenço em relação às suas políticas, mas diria que as suas questões internas são consigo mesmo, o que é muito mais grave. É que o Sr. Primeiro-Ministro, de facto, teve uma fase na primeira metade da legislatura e outra na segunda metade da legislatura. Entrámos agora na fase dos anúncios para eleições e o Sr. Primeiro-Ministro não se pôde lembrar antes da questão da isenção para os idosos de mais de 65 anos, só se lembrou agora, em 2008, por causa da proximidade da Páscoa… Em primeiro lugar, a propósito de credibilidade, o Sr. Primeiro-Ministro ouviu a Sr.ª Ministra da Saúde dizer que as consultas externas eram um problema muito grave.
Em segundo lugar, para voltar atrás, eu disse que, em princípio, éramos a favor dos contratos de concessão de gestão a privados — estou a falar deste caso concreto.
Em terceiro lugar, questiono o Sr. Primeiro-Ministro em relação a outras declarações proferidas pela Sr.ª Ministra da Saúde, que disse que a unidade hospitalar da Beira Interior, o seu centro hospitalar, já não iria para diante. O tal centro que o senhor anunciou, a nova administração, já foi… Volto a colocar-lhe a seguinte questão: mantêm-se as três maternidades — Guarda, Covilhã e Castelo Branco — ou não? E, a propósito de credibilidade, se se mantêm, o que é feito do tal critério da Organização Mundial de Saúde? Vai respeitar ou vai violar? Credibilidade, Sr. Primeiro-Ministro!

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.