17 | I Série - Número: 062 | 20 de Março de 2008
O Sr. Primeiro-Ministro: — … pela primeira vez, e que os Srs. Deputados, quando estiveram no governo, não aplicaram. E vamos aplicá-la nas farmácias hospitalares, por forma a que possamos beneficiar dessa primeira experiência. É que as nossas reformas são aplicadas passo a passo, para podermos beneficiar dessa experiência e melhorar tudo aquilo que forem os resultados dessa experiência.
Mas há uma diferença entre si e este Governo, Sr. Deputado. É que no Governo a que o Sr. Deputado pertenceu não havia unidoses para ninguém. Com este Governo vai haver unidoses, em primeiro lugar nas farmácias hospitalares.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Paulo Portas.
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Sabe qual é a minha autoridade moral, Sr. Primeiro-Ministro? Em três anos de política de pensões influenciada pelo CDS houve 35 € de aumentos. Em três anos de política de pensões dirigida pelo Primeiro-Ministro Sócrates houve cerca de 13 € de aumentos. É esta a nossa autoridade moral!
Aplausos do CDS-PP.
Quanto à unidose, Sr. Primeiro-Ministro, é extraordinário! Ao ritmo de uma farmácia para experimentação, num país que tem 2774 farmácias, não sei quando é que o senhor é capaz de ter a coragem de avançar para uma medida com a qual se comprometeu no compromisso para a saúde que assinou.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Passo a outro tema: a segurança.
Em Fevereiro de 2007, o Sr. Primeiro-Ministro disse aqui que não haveria admissões para a PSP e para a GNR em 2008 e em 2009. Considerei e demonstrei que essa medida era errada e que o senhor se tinha esquecido daqueles que se iam aposentar. Cancelando entradas, ao mesmo tempo que continuariam, naturalmente, as aposentações, terminaríamos com um défice superior a 2000 polícias.
Há uma semana, o Sr. Ministro da Administração Interna disse que, afinal, vai abrir um concurso para a PSP e para a GNR. Sr. Primeiro-Ministro, com toda a frontalidade, afinal quem é que tinha razão? É capaz de reconhecer que errou e dar razão ao CDS?
Aplausos do CDS-PP.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Paulo Portas, em três anos do seu governo, 700 000 pensionistas perderam poder de compra.
Vozes do CDS-PP: — Ó Sr. Primeiro-Ministro!
O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Nem todos!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Com a reforma que fizemos da segurança social garantimos que ninguém perde poder de compra! O senhor não tem autoridade moral para falar desta matéria, porque esteve três anos no Governo e não fez a reforma que nós fizemos, que permite que a segurança social seja agora mais forte e mais prestigiada internacionalmente.
Sr. Deputado, com este Governo vai haver unidose, coisa que não aconteceu com o vosso governo. Mas não vai apenas haver unidose nas farmácias hospitalares,…