21 | I Série - Número: 062 | 20 de Março de 2008
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Paulo Portas.
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, demagogia era do que o senhor nos acusava quando dissemos que era preciso admitir polícia e guarda.
Agora dá-nos razão e volta a chamar-me demagogo. Deixe estar, isso quer dizer que, em matéria de segurança, a nossa posição significa competência.
Aplausos do CDS-PP.
Para terminar, Sr. Primeiro-Ministro, como estamos na Páscoa e o senhor se considera a si próprio generoso, gostava de, generosamente, lhe oferecer umas amêndoas de Páscoa. Só que estas são as amêndoas de um casal cuja família as faz há mais de 100 anos, com todas as regras, que são um produto tradicional de uma cidade portuguesa que o Sr. Primeiro-Ministro conhece, onde os socialistas têm a maioria dos votos quando há eleições legislativas, que se chama Portalegre. Refiro-me às amêndoas de Portalegre.
O Sr. Presidente: — Faça favor de concluir, Sr. Deputado.
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Quando a ASAE apreende peixe podre, faz muito bem.
O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr. Deputado.
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Quando visita os produtores destas amêndoas e lhes diz que têm de encerrar, porque para duas pessoas são precisas três salas, mandando-os para o desemprego e acabando com um produto tradicional,…
O Sr. Presidente: — Tem de concluir, Sr. Deputado.
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — … está a fazer mal à economia portuguesa, está a dar cabo de produtos tradicionais.
Sr. Primeiro-Ministro, podem ser as últimas, mas ainda assim vou oferecer-lhe amêndoas de Portalegre.
Aplausos do CDS-PP.
O Sr. Presidente: — Para colocar as perguntas do PCP, tem a palavra o Sr. Deputado Jerónimo de Sousa.
O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, em primeiro lugar, relativamente às duas medidas que anunciou, era importante lembrar que «mais vale tarde do que nunca». Como é sabido, praticamente só a minha bancada é que, durante anos, defendeu que a gestão do hospital Amadora-Sintra deveria ser pública.
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!
O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Os nomes que, então, a bancada socialista não nos chamou!…
Vozes do PCP: — Exactamente!
O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Afinal, veio o Governo reconhecer a nossa razão, o que significa que vale a pena continuar a lutar por objectivos justos.
Aplausos do PCP.