19 | I Série - Número: 062 | 20 de Março de 2008
Aplausos do CDS-PP.
Vozes do PS: — Eh!
O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Paulo Portas, temos mais polícias por habitante do que havia no tempo do seu governo!
Protestos do CDS-PP.
E é inqualificável que o Sr. Deputado venha com a tentativa de aproveitar e de explorar politicamente aquilo que tem sido uma sucessão de crimes e com a ideia de que este Governo não fez o que devia, quando o que fez foi agir rapidamente nas zonas mais críticas para dar um sentimento de segurança a todos os portugueses.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Paulo Portas.
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, concelho da Amadora: 428 000 habitantes. Qual é o número de polícias da PSP?
Protestos do PS.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra, Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Ó Sr. Deputado, estou aqui para um debate sério e não para a demagogia e vulgaridade em que o senhor quer transformar este debate!
Risos do CDS-PP.
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Agora já um debate sério?!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Uma coisa lhe digo: vamos reforçar em 500 polícias a Área Metropolitana de Lisboa. Chama-se a isto agir, em vez de explorar, de forma vulgar e primária, como o senhor tem explorado as questões dos crimes graves na Área Metropolitana de Lisboa!
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Paulo Portas.
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, de facto, o zangado não é um boneco, é o Primeiro-Ministro!
Aplausos do CDS-PP.
Sr. Primeiro-Ministro, desculpe que lhe diga: Sintra tem 428 000 habitantes e 213 agentes da PSP. Divida por três turnos de 8 horas cada um e tem 71 polícias para garantir a segurança de 428 000 habitantes, Sr.
Primeiro-Ministro. É isto que é grave! Gostava de saber, Sr. Primeiro-Ministro, se sabe qual é o rácio habitante/polícia que o seu próprio Governo considera ideal, para o podermos comparar com o que se passa na Área Metropolitana de Lisboa?