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20 | I Série - Número: 077 | 26 de Abril de 2008

paridade, a limitação dos mandatos legislativos, o aperfeiçoamento do registo de interesses e incompatibilidades, assim como outros instrumentos do papel do Deputado e da Deputada.
Felizmente, estas mudanças já inspiraram também a iniciativa de revisão do Estatuto PolíticoAdministrativo da Região Autónoma dos Açores e só é de esperar que venham também a inspirar outras realidades do território nacional, porque a democracia que hoje celebramos só é verdadeiramente democrática lá onde todos os Deputados são respeitados como legítimos representantes dos que os elegeram, onde os direitos das oposições são estimados e se verifica a fiscalização política pelas assembleias representativas.

Aplausos do PS.

É, por isso, que se pode dizer com verdade que o 25 de Abril valeu a pena.
Não ignoramos que subsistem problemas, que há ainda pobreza, que há desemprego e situações de vida dolorosas para muitos portugueses. Mas mesmo essas situações têm vindo a ser atalhadas, minoradas e há medidas em curso para as corrigir.
Mas também ninguém pode ignorar que, além da ciclópica tarefa de corrigir o défice e pôr em ordem as contas públicas, as verdadeiras reformas estruturais, as que podem criar as condições para um desenvolvimento económico sustentado têm estado na agenda do Governo.
Ao celebrarmos o 25 de Abril, queremos que fique claro, particularmente para os mais jovens, aqueles que estão abaixo dos 40 anos, que a Revolução dos Cravos, uma revolução pacífica, devolveu a todos nós a dignidade e o orgulho de sermos portugueses.

Aplausos do PS.

Sim, o 25 de Abril, gesto heróico de jovens capitães, valeu a pena, porque melhorou a vida dos portugueses, acabou com uma guerra fratricida e conferiu aos cidadãos de Portugal os direitos, liberdades e garantias que a ditadura sempre nos negou.
É por tudo isto e pela honra de ter subido à tribuna em Sessão de tamanha relevância, que estas palavras são dedicadas ao Ernesto Melo Antunes, que fez o favor de ser meu amigo desde que nos conhecemos no Regimento de Artilharia de Leiria, ano e meio antes do 25 de Abril.

Aplausos do PS.

E ao António Marques Júnior, ele sabe porquê, e nestes dois envolvo todos os capitães de Abril.

Aplausos do PS.

E inevitavelmente dedicadas também aos jovens da crise académica de 1969, em Coimbra, na pessoa do Alberto Martins que sempre nos representou a todos.

Aplausos do PS.

Mas palavras dedicadas também a alguns jovens que, estando na casa dos 30 anos, ou até menos, e porque lhes conheço a devoção pelo 25 de Abril, que conhecem de ler e de ouvir contar, ou porque estão no meu coração ou porque tão simplesmente são o penhor do nosso futuro democrático, mesmo quando discordem de algumas palavras que proferi.
O 25 de Abril foi, de facto, «o dia inicial inteiro e limpo». Por isso, Filipa, Gabriela, João Martins, Rute, Daniel Filipe, Vanda, Nélia, João Nuno, Odete, Catarina, Tiago, Guilherme, Cristiano, Dinis, e também para vós, Srs. Deputados, os mais jovens de cada uma das bancada, o 25 de Abril foi, de facto, «o dia inicial inteiro e limpo». Guardem-no para sempre!

Aplausos do PS, de pé.