O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

21 | I Série - Número: 078 | 2 de Maio de 2008


O Sr. Primeiro-Ministro: — Quanto ao emprego, Sr. Deputado, quero dizer-lhe que, se se observa declínio na taxa de desemprego, é justamente no que se refere aos jovens, como hoje mesmo é referido pelo Eurostat.
A verdade é que, nestes três anos, a nossa economia gerou emprego, gerou 94 000 postos de trabalho.
O que temos de fazer, Sr. Deputado, é acentuar o dinamismo da nossa economia…

O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — … e fazer um apelo aos agentes económicos e aos portugueses para se empenharem na construção do nosso país, que precisa de fazer o que deve para vencer na economia global.
É isso que este Governo está a fazer.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado Santana Lopes, tem a palavra.

O Sr. Pedro Santana Lopes (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, sei que, em Espanha, a situação é diferente e que as raízes da crise são muito específicas. Nesse aspecto, são idênticas às da economia norte-americana.
Mas, Sr. Primeiro-Ministro, numa economia tão dependente como a nossa, nomeadamente em relação ao que se passe em Espanha, as raízes da crise serão diferentes mas as consequências para a actividade económica são graves. Numa economia como a nossa, tão dependente da de Espanha e da internacional, penso que seria prudente adoptar esse plano e tomar outras medidas.

O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares (Augusto Santos Silva): — Então, quais são as medidas? Proponha lá uma!

O Sr. Pedro Santana Lopes (PSD): — Sr. Primeiro-Ministro, passo ao segundo ponto, a propósito de competitividade, de resistência da nossa economia.
O Sr. Primeiro-Ministro tem de reagir ao que se passa em relação aos aumentos do preço dos combustíveis. Hoje, ouvimos dizer que o Ministério das Finanças não tem comentários a fazer, mas o que as portuguesas e os portugueses sabem é que cada vez que os telejornais anunciam um aumento do preço do barril de petróleo, aumenta o preço dos combustíveis — este ano, já 14 vezes! — e que, quando desce o preço do petróleo, nunca baixa o dos combustíveis.

O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares: — Não é verdade!

O Sr. Pedro Santana Lopes (PSD): — O Governo também ganha com este nível de preços, através do IVA e do ISP.
Sr. Primeiro-Ministro, a propósito da máxima «não ser fraco com os fortes e forte com os fracos», e estabelecendo um paralelismo com a ASAE que actua sobre quiosques, sobre chouriceiras, é preciso haver alguém, uma entidade que funcione junto das petrolíferas e que diga que há que pôr ordem neste mercado que vitima a competitividade das empresas e da economia portuguesa.

Aplausos do PSD.

Por isso,…

O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Pedro Santana Lopes (PSD): — Por isso, digo-lhe, Sr. Primeiro-Ministro, que é preciso pôr os olhos no País real.