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46 | I Série - Número: 081 | 9 de Maio de 2008

O Sr. Mota Andrade (PS): — Muito bem!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Depois do debate, se houver um consenso, transformaremos esse consenso numa proposta de lei que apresentaremos na Assembleia da República para discussão com todos, porque queremos saber quem tem a coragem de construir um novo consenso social para o progresso da nossa economia.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Para a destruição da legislação laboral!

O Sr. Primeiro-Ministro: — O Partido Comunista é contra esse progresso, é contra essa evolução!

O Sr. João Oliveira (PCP): — É o regresso ao século XIX!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Mas, Sr. Deputado Santana Lopes, a situação do seu partido não justifica que agora lavem as mãos. Nós queremos saber, nesta matéria tão importante, qual é a posição do PSD.

Aplausos do PS.

É a favor, é contra ou prefere a posição da abstenção, que também pode confundir, porque não é propriamente de grande afirmação, lavando as mãos do debate?!

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Vamos passar ao período destinado a intervenções.
Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Francisco Louçã.

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro: Percebo bem a sua táctica. O Sr.
Primeiro-Ministro trouxe aqui dois argumentos a favor das suas posições, o primeiro dos quais é a posição do PSD. Aliás, acabámos de viver um momento enternecedor nesta Assembleia: o PSD a dizer que quer apoiar construtivamente o pacote laboral e o Sr. Primeiro-Ministro a chorar no ombro do PSD, a queixar-se das maldades que a esquerda lhe faz quando quer defender direitos sociais.

Vozes do PS: — Oh!

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Esse é o seu primeiro argumento, mas o segundo, e vou dar-lhe os parabéns por ele, é o de que o Sr. Primeiro-Ministro tem aqui uma força que se chama maioria absoluta. Aliás, houve um momento histórico na vida deste Parlamento que demonstrou como essa maioria absoluta está domesticada.

O Sr. José Junqueiro (PS): — Não seja mal educado!

O Sr. Francisco Louçã (BE): — O Sr. Primeiro-Ministro consegue que a bancada do PS aplauda tudo! Disse-nos o Sr. Primeiro-Ministro: Em 2007, crescemos 1,9%. Quanto é que a União Europeia diz que vamos crescer em 2008? Vamos crescer 1,7%. E aplaude a bancada do PS! Crescemos para baixo e a bancada do PS aplaude!? São capazes de tudo!

O Sr. Alberto Martins (PS): — Tenha juízo!

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Mas o Sr. Primeiro-Ministro também reconheceu aqui a sua fraqueza.
Disse-nos o Sr. Primeiro-Ministro: «Pode existir motivo para a censura, mas este é errado». Ó Sr. PrimeiroMinistro, gostava de saber o que se passa nas reuniões do Conselho de Ministros.