81 | I Série - Número: 088 | 29 de Maio de 2008
Aplausos do PS.
… e que nos obrigaram a proceder a uma correcção do défice das contas públicas de que não há historia na economia portuguesa.
O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Até quando?!…
O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Fomos prisioneiros dessa situação orçamental, que nos obrigou a exigir dos portugueses um esforço considerável de redução do défice.
Vozes do CDS-PP: — Diga isso ao Eng.º Guterres!
O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — E diz o Sr. Deputado que aquilo que fizemos asfixiou a economia e o investimento?! Então como é que me explica, Sr. Deputado, que quando os senhores deixaram o governo o crescimento era zero e no último trimestre do ano passado foi 1,8?!
O Sr. Hugo Velosa (PSD): — E agora?
O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — O investimento estava a reduzir-se e cresceu 8,7 no último trimestre de 2007. Como é que o Sr. Deputado explica que, durante todo o período em que fizemos esta correcção orçamental, até final de 2007, a reacção da economia e a do investimento tenha sido esta?!
O Sr. Hugo Velosa (PSD): — É melhor dizer a verdade!
O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Não foi graças à vossa política fiscal ou à vossa política orçamental.
O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Nós estamos à espera da vossa!
O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Foi graças, sim, ao esforço de consolidação orçamental e às reformas que foram promovidas por este Governo.
Diz o Sr. Deputado que a consolidação não é segura?!…
O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Não sou só eu que o digo!
O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Foi segura a consolidação que fizeram,…
O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Lá vem a herança!
O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — … com um défice de 2,9% em dois anos e um défice de 3,2% em 2004, com receitas extraordinárias?! É este o exemplo de uma consolidação segura?! Então, atingimos agora um défice de 2,6%, que é o mais baixo em 30 anos, e vem dizer-me que isto não é seguro?!
Aplausos do PS.
O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Não sou só eu que o digo!
O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Sr. Deputado, nesta matéria, permita-me a expressão, peço meças!