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35 | I Série - Número: 095 | 13 de Junho de 2008


O Sr. Bruno Dias (PCP): — Essa é uma inverdade!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Eu disse «não se opôs»!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Não se opôs.

O Sr. Honório Novo (PCP): — Olhe o nariz!

O Sr. Primeiro-Ministro: — O Governo não esteve de acordo…

O Sr. Honório Novo (PCP): — Olhe o nariz!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Deputado, eu sei bem o que os senhores querem com esses insultos.
Conheço bem a campanha que o Partido Comunista está a fazer, que é chamar mentirosos aos outros.

O Sr. Honório Novo (PCP): — É o que o senhor está a fazer agora!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Essa é uma campanha que os senhores fazem há 30 anos.

Aplausos do PS.

Mas, Sr. Deputado, sabe uma coisa? Essas vossas provocações esbarram quer na minha superioridade quer na minha indiferença!

Protestos do PCP.

Esses insultos são os insultos dos fracos, dos que não têm argumentos, daqueles que fazem da sua vida política o recurso a esses insultos que pretendem diminuir os outros.

Aplausos do PS.

É lamentável! Essa é a primeira inverdade.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — E quanto à directiva? Diga lá!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Mas há uma segunda inverdade. Diz o Sr. Deputado Bernardino Soares que essa directiva passa o tempo de trabalho para 65 horas por semana. Isso não é verdade! Passa de 78 horas, que é hoje possível, para 65 horas…

Risos do PCP.

… e apenas para os países que podem beneficiar…

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Ah! «Podem beneficiar»!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … ou, melhor, que estão no opting out. Não se aplica a Portugal, onde as 40 horas continuam a ser a referência.

Protestos do PCP.

Isto prova que o Partido Comunista é capaz de recorrer a tudo…