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13 | I Série - Número: 096 | 19 de Junho de 2008


estendida à organização hospitalar. O acesso, a multidisciplinaridade, a personalização do atendimento, a satisfação profissional e o reconhecimento do desempenho…

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Isso não é cá, com certeza!

A Sr.ª Ministra da Saúde: — … são algumas das características das unidades de saúde familiares que deverão ser adoptadas, transpostas e adaptadas à prática hospitalar.

A Sr.ª Maria Antónia Almeida Santos (PS): — Muito bem!

A Sr.ª Ministra da Saúde: — Ao longo destes anos, a aposta do Governo tem sido inequivocamente no Serviço Nacional de Saúde: na sua sustentabilidade, na sua maior flexibilidade e na sua crescente capacidade de resposta aos problemas dos cidadãos. Enfim, pelo nosso Serviço Nacional de Saúde temos de fazer mais, mas, sobretudo, temos de fazê-lo de forma diferente.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Vamos passar ao período de debate.
A Mesa não regista inscrições para pedidos de esclarecimento à Sr.ª Deputada Teresa Caeiro mas, sim, à Sr.ª Ministra da Saúde, que, de acordo com o que foi transmitido, nesta primeira fase, responderá conjuntamente a cada dois Srs. Deputados.
Tem a palavra, em primeiro lugar, o Sr. Deputado Paulo Portas.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.ª Ministra da Saúde, gostava de lhe dizer, em primeiro lugar, que se a realidade dos serviços de saúde fosse tão boa como a Sr.ª Ministra a descreveu quem estaria aí, nessa bancada, era o Prof. Correia de Campos e não a Sr.ª Dr.ª Ana Jorge.

Aplausos do CDS-PP.

Depois, gostava de lhe pedir alguma humildade. É que, quando acusa os outros de medidas demagógicas, convém que se lembre das medidas propostas pelos outros que o Governo acaba por assumir.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Bem lembrado!

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Tal foi o caso da vacina contra o cancro do colo do útero.

Aplausos do CDS-PP.

Protestos do PS.

Sr.ª Ministra, tenho duas perguntas muito concretas para lhe fazer, a primeira das quais tem a ver com uma questão que não vi até hoje esclarecida, relativamente a uma matéria que a preocupa, que nos preocupa e que, obviamente, preocupa os cidadãos. Refiro-me à solução encontrada para uma maior recuperação da lista de espera das cirurgias para as cataratas.
A Sr.ª Ministra tinha uma hipótese, que, obviamente, não era generalizável, e que custava para cima de 2000 €, que era a de os Srs. Presidentes das câmaras municipais enviarem os doentes para Cuba. Ora, o contribuinte já paga o Serviço Nacional de Saúde e, que eu saiba, não vai pagar agora o «serviço local de saúde».
Depois, a Sr.ª Ministra tinha uma proposta das Misericórdias para fazer 3000 cirurgias ao preço tabelado do SIGIC — cerca de 900 €.
O que ainda não percebemos é quanto vai custar cada cirurgia enquadrada no programa que a Sr.ª Ministra determinou.