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20 | I Série - Número: 105 | 11 de Julho de 2008

sobre o preço, o custo, entre os aeroportos na Ota e em Alcochete. Esse estudo está divulgadíssimo, está na Internet, foi objecto de várias reuniões públicas, mas, mesmo assim, o Sr. Deputado quer que lho envie.

O Sr. António Montalvão Machado (PSD): — Sim, queremos!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Mas o que é mais lamentável é que da crítica ao aeroporto passámos para a crítica ao TGV. E, quanto a esta matéria, sempre disse que todos os estudos sobre o TGV estão no site da RAVE, da empresa.

O Sr. Luís Campos Ferreira (PSD): — É mesmo virtual!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Constam deste site um estudo sobre «Consequências Económicas da Exploração da Rede Ferroviária de Alta Velocidade. Efeitos no PIB da Substituição de Tráfego e Impacto no PIB da Criação de Tráfego», da Universidade Católica Portuguesa, 2006. Há um outro estudo que diz: «Análise custo/benefício das linhas de alta velocidade Lisboa/Porto e Lisboa/Madrid», Lisboa, 2007. Do mesmo site consta ainda um estudo sobre os efeitos fiscais do investimento na rede ferroviária de alta velocidade, relatório final, de Marvão Pereira e Jorge Andraz, 2008.
Mas estão lá mais estudos. Sabem que estudos é que lá estão, Sr. Deputado? Está lá o seguinte estudo, muito curioso (oiça bem o título, Sr. Deputado, se fazem favor): «Impacto económico da introdução da Rede de Alta Velocidade, efeito da eficiência no PIB», 2003. Está lá um estudo de 2003. E está lá até um estudo de 2004! Pergunto ao Sr. Deputado como é que alguém, que encomendou esse estudo, que pagou esse estudo, que baseou decisões nesse estudo, vem agora dizer que quer conhecer o estudo?

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Terá de concluir, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — O Sr. Deputado não quer ir à Internet. Muito bem, Sr. Deputado, mas eu trouxe os estudos. Aqui os tem!

Aplausos do PS.

Trouxe o estudo sobre o impacto económico da introdução da RAVE, de 2003, e o estudo sobre as consequências económicas da introdução da rede de alta velocidade, de 2004. Isto deve ser do seu tempo…

Aplausos do PS.

Gostaria de pedir ao Sr. Presidente que autorize um dos funcionários a entregar ao Sr. Deputado os estudos sobre a alta velocidade.

Aplausos do PS.

Termino respondendo à questão do acordo laboral, Sr. Deputado. Essa é uma medida temporária justamente para transformar aquilo que são relações laborais baseadas em recibos verdes em contratos de outro tipo. Não podíamos era manter esta medida no tempo pela simples razão de que, se o fizéssemos, isso levaria a que todos os empregadores contratassem apenas com recibo verde para depois beneficiar dessa benesse, transformando o «recibo verde» num outro tipo de contrato. É visível que essa medida tem de ser transitória e assim é que deve ser.
Mas espero que possam entregar-lhe os estudos para que o Sr. Deputado não tenha o trabalho de ir à Internet e com isso «caírem-lhe os parentes parlamentares na lama», porque a pompa e a circunstância parlamentar não permitem ir à Internet.