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18 | I Série - Número: 105 | 11 de Julho de 2008

O Sr. Presidente: — Também porque foi interrompido e, depois, porque agora fez essa observação…

Risos do PSD.

Permita-me, ainda, Sr. Primeiro-Ministro, dizer o seguinte: traga-nos uma folha A4 com os encargos financeiros e com o risco que o Estado assume como garantia.

O Sr. Mota Andrade (PS): — É assim que vocês estão habituados a trabalhar?!

O Sr. Afonso Candal (PS): — Se forem duas já não lê?!

O Sr. Paulo Rangel (PSD): — Sr. Primeiro-Ministro, peço-lhe ainda que os seus ministros — ainda ontem pedimos, aqui, ao Sr. Ministro das Finanças, e já o pedimos ao Sr. Ministro das Obras Públicas, dos Transportes e das Comunicações cinco vezes — tragam essa informação ao Parlamento. Não nos mande para a Internet, ainda não estamos na democracia plebiscitária…

Protestos do PS.

Peço desculpa, mas não estamos ainda na democracia plebiscitária da Internet, estamos numa democracia formal, onde o Parlamento tem, desde há 800 anos, na tradição ocidental, competência orçamental e fiscal para fazer as contas. E, Sr. Primeiro-Ministro, se feitas as contas que nos apresentar, desde que devidamente justificadas, elas forem todas compatíveis com uma estratégia de desenvolvimento, terá o nosso integral apoio — não tenha dúvidas sobre isso! Se não, aí estaremos nós para assinalar as nossas divergências.

O Sr. Afonso Candal (PS): — Numa folha A4!

O Sr. Paulo Rangel (PSD): — Mas o Parlamento, os portugueses e os jornalistas têm direito a saber quanto custa cada obra em cada momento!

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Paulo Rangel, sou Primeiro-Ministro há três anos…

Vozes do PSD: — Três anos e meio!…

O Sr. Primeiro-Ministro: — …, e, durante esse tempo, o PSD já mudou de liderança três vezes e mudou de liderança parlamentar também três vezes.

Vozes do PSD: — Outra vez?!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Deputado, cada vez que mudam de liderança e de liderança parlamentar, o que sinto não é uma evolução, é um regresso ao passado!

Aplausos do PS.

Sinto isso, Sr. Deputado, porque as escolhas políticas são muito importantes. Com todo o respeito, quero recordar ao Sr. Deputado o título desta sessão: «Debate sobre o estado na Nação».